quinta-feira, 26 de junho de 2014

Unidades de Conservação do Mosaico Carioca

Algumas Unidades de Conservação que compõem o Mosaico Carioca de Áreas Protegidas estão passando por um processo de recategorização, tanto para compatibilizar sua gestão com a real dimensão da área, quanto como estratégia de conservação. Este é o mapa mais recente do Mosaico Carioca, feito por nossa estagiária Vivian Silva.



quarta-feira, 11 de junho de 2014

Redescobrindo caminhos, a importância dos corredores verdes para a conservação.

O Mosaico Carioca de Áreas Protegidas apoia e desenvolve o Projeto Corredores Verdes. Iniciado em novembro de 2011, o projeto conseguiu em pouco tempo transformar a paisagem do Canal das Taxas. A região que antes convivia com problemas como o despejo inadequado de lixo e esgoto, espécies exóticas, inúmeros acidentes com a fauna local, aterros, desmatamentos e ocupação irregular, já respira novos ares.

Desde o início, a equipe do Centro de Referência em Educação Ambiental de Marapendi vem realizando um trabalho de conscientização sobre a importância dos corredores verdes para a cidade com a produção de folhetos de educação ambiental e sobre a despoluição do Canal das Taxas, além de receber e avaliar as sugestões e reclamações dos moradores do entorno.

O trabalho de educação ambiental foi essencial para a construção do diálogo com a população local e os visitantes dos parques.

Para o trabalho de limpeza e manutenção do corredor contamos com a ajuda indispensável dos Garis da Comlurb.


Localizado entre os Parques de Marapendi e Chico Mendes, o Canal das Taxas foi o primeiro passo de um projeto que prevê a integração de todas as Unidades de Conservação do Mosaico Carioca através de Corredores Verdes.

 Capivaras dentro do corredor verde, permitindo a passagem da fauna sem conflitos com a população.


Ipê-rosa, lindo exemplar da nossa Mata Atlântica.

Este reconectar de fragmentos vegetais é extremamente importante à medida que possibilita que aves, insetos e até mesmo mamíferos da nossa mata atlântica possam realizar seus fluxos de migração entre as Unidades de Conservação. Isto permite que populações de fauna e flora de muitas espécies ameaçadas da Mata Atlântica aumentem seu potencial de dispersão. Fenômenos como a polinização e a dispersão de sementes, que são essenciais para o ciclo de vida de muitas plantas e insetos, serão favorecidos e aumentarão o potencial de ocupação dessas espécies.



Imagem da interação dos visitantes com a fauna. Lembrando sempre de não alimentar os animais silvestres, pois eles não possuem defesa e aparato digestivo adequados à nossa alimentação, podendo levá-los a morte por doenças transmitidas por nós mesmos.

Hoje, já temos implantados mais de dois quilômetros de corredores verdes comunicando o Chico Mendes e o Marapendi, que conta ainda com ciclovias e a construção de um espaço, a Praça da Capivara, que é destinada aos visitantes do parque e à Educação Ambiental. Nossos esforços se concentram, agora, na implantação do Corredor Verde que comunicará o Parque Chico Mendes e o Canal do Rio Morto e no planejamento da terceira etapa, Chico Mendes-Prainha.

Ciclovias junto ao corredor, a população é convidada a usufruir desse novo espaço.

Mapa do projeto Corredores Verdes com o trecho 1 completamente implantado.


O Mosaico Carioca de Áreas Protegidas se orgulha deste projeto e agradece os esforços e dedicação de Silma C. Santa Maria e equipe, além dos voluntários e moradores da região que abraçaram esta causa.

Ilha usada pelo nosso morador mais ilustre, o jacaré-de-papo-amarelo.

Grande parte do cercamento do corredor verde foi feito com toras, garantindo sua harmonia paisagística.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Disque Denúncia cria canal específico para crimes ambientais

O Disque denúncia criou recentemente o Programa Linha Verde, em parceria com a Secretaria de Estado do Ambiente, para receber e dar seguimento às denúncias de crimes ambientais. Como o anonimato da ligação é garantido, a iniciativa pretende aumentar o número de denúncias, que atualmente atinge a marca de 7,2 mil por ano entre crimes contra a fauna e flora, ameaças às Áreas de Proteção Permanente e Unidades de Conservação, e outros.
O telefone é 0300 253 1177 e o custo é o de uma ligação local. Ele recebe denúncias de todo o estado do Rio de Janeiro e também de outros estados do país.

(Via Agência Brasil - http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-06/disque-denuncia-cria-programa-para-combater-crimes-ambientais)

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Quênia, uma viagem para a Conservação - Última Parte

A visita ao Kenya Wildlife Service (KWS), em Nairobi, no Quênia, foi a última parada da delegação brasileira no continente africano. O crescimento populacional em Nairobi experimenta um ritmo acelerado e, por isso, a pressão urbana nas áreas naturais estrangula os corredores de passagem dos animais. Além disso, o Parque Nacional de Nairobi sofre com efeitos diretos do aquecimento global, que em poucos anos reconfigurou o perfil climático da região gerando novas áreas alagadas, bem como a conversão de antigas áreas chuvosas em zonas secas. Tudo isso torna a região susceptível ao aparecimento de espécies invasoras e supressão das nativas.

Existem ainda problemas com a saída de animais para a cidade, mas o KWS possui um serviço de resgate 24h, rápido e eficiente, acessado facilmente por telefone pelo cidadão, que localiza o animal e aguarda o resgate, participando ativamente deste “cuidado” com o Parque. A fiscalização é realizada pelos rangers (guardas-parque), que é feita de carro, a pé ou a cavalo. Eles também possuem cães, que farejam o marfim, e unidades de segurança e combate a incêndios treinada pelo CBMERJ, unidade de bombeiros do Brasil/RJ.

O KWS atua com outras unidades de monitoramento e segurança, como a Interpol, EARCO, LUSARA, Agreement e CITES. Possuem um banco de dados que reúne toda a informação sobre o crime ambiental e utilizam um software que está apto para rastrear vários tipos de caçadores e relacioná-los com grupos específicos ou não. Também utilizam informantes locais para o combate à caça e a prisão de caçadores, investem em treinamento e logística e pagam pela informação, desde que a mesma leve a uma ação efetiva.

Apresentação do Departamento de Inteligência do KWS.

Durante o encontro também foi realizada uma mesa de apresentações chamada Friends of Nairobi National Park, onde foram relacionadas as especificidades de se manejar um parque urbano: os casos dos PN Nairobi, PN da Floresta da Tijuca e Parque Estadual da Pedra Branca foram discutidos e muito pôde ser trocado, auxiliando no crescimento tanto brasileiro quanto queniano. Discussões sobre políticas de ecoturismo, incluindo terceirizações de hotéis, lodges, áreas de acampamento, estrutura de cobrança de ingressos, cartão fidelidade e treinamento de pessoal emergiram neste encontro.

Realização das mesas de apresentação das experiências dos parques africanos e brasileiros.

Estes e outros registros da nossa viagem estão no álbum de fotos da Página do Mosaico Carioca no facebook.

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.545055418920701.1073741830.369846313108280&type=3

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.546407148785528.1073741831.369846313108280&type=3