O Mosaico Carioca de Áreas
Protegidas realizou no dia 6 de junho de 2015 uma visita técnica com a presença
dos gestores do Parque Estadual da Pedra Branca e do Parque Natural Municipal
de Grumari. Participaram também como convidados a Coordenação de Educação
Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente - CEA-SMAC e a Secretaria
Municipal de Conservação – SECONSERVA, com o objetivo de atender a problemática
surgida no PNM de Grumari desde que a Pedra
do Telégrafo e a Pedra da Lua despontaram
como novos atrativos turísticos da cidade.
A recente descoberta trouxe
problemas graves para os gestores do PNM Grumari e do PE da Pedra Branca, que
relataram a crescente preocupação com a deterioração da trilha e o impacto
gerado nessas unidades de conservação. De acordo com os gestores, a quantidade
de lixo encontrada após um final de semana de visitas é enorme e dificulta o
trabalho das equipes da COMLURB.
A equipe do
Mosaico Carioca também conversou com os moradores e pôde perceber que os
problemas não se resumem apenas ao lixo deixado nas trilhas e nas filas formadas
no alto da pedra. Serviços de moto táxi têm levado os usuários o mais próximo
possível do topo, o que, segundo os gestores, contribui para a erosão da trilha
e a formação de voçorocas. A presença de motos e bicicletas também constitui risco
potencial de acidentes para a fauna do parque e visitantes que sobem a pé. É
importante destacar, ainda, que o uso de motos e bicicletas nas trilhas destes
parques é proibido, e não estão previstos em seus respectivos planos de manejo.
Outro problema oriundo do grande
fluxo de pessoas e súbito interesse por estas áreas é a proliferação de falsos
guias de turismo. De maneira inescrupulosa, estes “guias” depredam a
sinalização realizada pelo Mosaico Carioca visando dificultar o acesso gratuito
de visitantes menos experientes ao parque, obrigando-os assim, a contratação do serviço.
Esta sinalização, simples e
rústica, realizada através de mutirões periódicos abertos à participação
pública, tem apoio da SMAC, INEA e ICMBio e parceria com mais de 20
instituições, dentre elas o Sindicato de Guias de Turismo do Rio de
Janeiro (SINDGTUR) e o Centro Excursionista Brasileiro (CEB).
Este retrato dramático se repete
a cada final de semana, mas ganha impulso nos feriados e finais de semana de
verão, como relatado em reportagem do Portal G1 (http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/05/g1-explica-truque-em-fotos-tiradas-de-abismo-no-rio-assista-ao-video.html),
no alto da pedra são formadas filas de mais de duas horas de espera para tirar uma
foto, atraindo o serviço de ambulantes e deixando o início da trilha, na Praia
Grande, repleta de carros em um local que não possui estrutura para
estacionamento, o que também incomoda os moradores da região conforme relatos
no local.
Os setores governamentais
envolvidos estão elaborando propostas visando a implantação de estratégias de ordenamento
do espaço e sensibilização dos visitantes e moradores, com vistas a diminuir o
impacto no local.
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