sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Circuito de Arvorismo no Parque Nacional da Tijuca


Edital vai escolher empresa para implementar circuito de arvorismo no Parque Nacional da Tijuca


Com mais de um quilômetro de extensão,
circuito terá café e loja de conveniência


No dia 12 de dezembro, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio lançou o edital para escolher a empresa responsável pela implantação do circuito de arvorismo no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. O percurso, que terá mais de um quilômetro de extensão, ficará entre o restaurante A Floresta e a área de lazer conhecida como Meu Recanto, passando próximo da Cachoeira das Almas e do contraforte do Pico da Tijuca.

Localizado dentro do Setor Floresta, que fica no Alto da Boa Vista, o circuito de arvorismo vai incluir também um café e uma loja de conveniência, que vão ampliar os serviços oferecidos aos visitantes. De acordo com o chefe do Parque, Ernesto Viveiros de Castro: “Este atrativo abre novas alternativas de lazer e recreação em contato com a natureza no Parque Nacional, seguindo a linha do ICMBio de diversificar as atividades de uso público. Além da aventura, o visitante poderá observar o Parque Nacional da Tijuca a partir de diferentes ângulos, incentivando a interpretação e a reflexão sobre seu papel na conservação da biodiversidade”.

O edital está disponível no site do ICMBio (http://www.icmbio.gov.br) ou na Unidade Avançada de Administração e Finanças – UAAF-RJ, que fica na Estada Velha da Tijuca, 77, na Usina e funciona de segunda a sexta, das 9h às 11h30 e das 13h30 às 17h (neste caso, é preciso levar CD ou pendrive para copiar o arquivo). As propostas serão abertas no dia 18 de fevereiro de 2013, na própria UAAF-RJ, às 10h. Os interessados que tiverem alguma dúvida podem entrar em contato por meio dos telefones (21) 2484-7802 / 2492-5407 ou do email: compras.uaafrj@icmbio.gov.br.

Mais informações:
Parque Nacional da Tijuca
(21) 2492-2252 / 2492-2253/2495-4863

Traçado da Trilha Transcarioca em dezembro de 2012


Traçado da Trilha Transcarioca em dezembro de 2012. Ajude a construir essa ideia!



As equipes gestoras das Unidades de Conservação envolvidas no trajeto da Trilha Transcarioca, em discussão na reunião do dia 14/12/12, divulgaram o traçado atualizado da trilha .
Este ainda pode ser mudado durante o trabalho de habilitação e definição final do traçado e será atualizado e divulgado pelo blog do Mosaico Carioca. Acompanhe!

















quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O Mosaico Carioca apresenta manifestação pública a respeito dos empreendimentos em áreas protegidas: campo de golfe e autódromo

Rio de Janeiro, 05 de dezembro de 2012


MANIFESTAÇÃO PÚBLICA


O artigo 225 da Constituição Federal prevê que "todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações".

As unidades de  conservação e demais áreas protegidas da cidade são criadas e geridas para atender a essa finalidade.  Nelas está contida grande parte do patrimônio ambiental, paisagístico e cultural da cidade, prestando ainda serviços ambientais essenciais para a qualidade de vida da população.

As unidades de conservação, as áreas tombadas, as áreas de preservação permanente e os fragmentos florestais interligados por corredores verdes formam um conjunto único, onde cada elemento tem uma importância fundamental para o equilíbrio do todo. Todos estes elementos são integrantes do Sistema de Áreas Verdes e Espaços Livres do Município como previsto no artigo 180 do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro – Lei Complementar n.º 111, de 1º de fevereiro de 2011.  Nesse sentido, qualquer mudança nesse sistema deve ser avaliada de maneira criteriosa e transparente.

O artigo 5, inciso III da Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação  -    SNUC  assegura a participação efetiva das populações locais na criação, implantação e gestão das unidades de conservação.

O artigo  8º da Lei nº 12.651/2012 estabelece que  a intervenção ou a supressão de vegetação nativa em  área de  preservação  permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas em Lei.

E o artigo 3, da Resolução CONAMA 369 de 2006 estabelece que a  intervenção ou supressão  de vegetação nestas áreas somente será autorizada quando for comprovada a inexistência de alternativa técnica e locacional para o empreendimento.

A Lei Orgânica do Município preconiza (artigo 463) que são instrumentos, meios e obrigações de responsabilidade do Poder Público para preservar e controlar o meio ambiente a manutenção e defesa das áreas de preservação permanente, assim entendidas aquelas que, pelas suas condições fisiográficas,
geológicas,   hidrológicas,   biológicas ou climatológicas,  formam um ecossistema de importância no meio ambiente natural, destacando-se, dentre outras,  as  restingas (alínea “a”),  as nascentes e as faixas marginais de proteção de águas superficiais (alínea “b”),   as áreas que abriguem exemplares raros, ameaçados de extinção ou insuficientemente conhecidos da flora e da fauna, bem como aquelas que sirvam como local de pouso, abrigo ou reprodução de espécies (alínea “d”),  a Lagoa de Marapendi (alínea “e”, item 1) e os parques (alínea “g”). Tal proteção também se dá no artigo 265 da Constituição Estadual, ao definir as áreas de preservação permanente.

O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro  incluiu (artigo 117), como Sítios de Relevante Interesse Ambiental e Paisagístico do Município, dentre outros, a Lagoa de Marapendi, incluindo suas faixas marginais de proteção (inciso V); o Morro da Estação (inciso XIII) e os parques naturais (inciso VIII). Tais sítios, por seus atributos. naturais, paisagísticos, históricos e culturais, se constituem em referência para a paisagem da Cidade do Rio de Janeiro e estão sujeitos a regime de proteção específico para intervenções de recuperação ambiental,  para efeitos de proteção e manutenção de suas características. Ademais,  estes sítios  estão sujeitos, no caso de projetos públicos ou privados, à análise ou avaliação ambiental estratégica pelo órgão central de planejamento e gestão ambiental, podendo ser exigido Estudo de Impacto Ambiental ou de Vizinhança e respectivos relatórios e  quaisquer alterações de parâmetros urbanísticos deverão ser objeto de análise e deliberação conjunta entre os órgãos centrais de urbanismo, meio ambiente e patrimônio cultural (artigo 117, §§ 1º e 2º).

Cabe ressaltar que o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro também preconiza (artigo 163, parágrafo único) que  a política de meio ambiente promoverá a proteção da cobertura vegetal de áreas consideradas estratégicas por serem ambientalmente vulneráveis e de importante valor ecológico, paisagístico e ambiental. Ademais, traz esculpido em seu artigo 168 que a Paisagem do Rio de Janeiro representa o mais valioso ativo da cidade, responsável pela sua consagração como um ícone mundial e por sua inserção na economia turística do país gerando emprego e renda.

Assim sendo, o Mosaico Carioca, reconhecido pela Portaria MMA nº 245/2011, cujo objetivo é a gestão integrada das unidades de conservação e demais áreas protegidas da cidade, vem manifestar publicamente  a preocupação com o risco de aprovação de empreendimentos e projetos que sobrepõem o interesse privado ao interesse público e podem comprometer a qualidade ambiental das áreas protegidas da cidade do Rio de Janeiro sob pretexto de atender a necessidades dos grandes eventos esportivos que o Rio de Janeiro receberá.

Destacamos a necessidade de se garantir a participação popular e dos órgãos de tutela, bem como pelo respeito à legislação ambiental, na implantação de empreendimentos que alterem os limites, os usos e a integridade dos recursos naturais e da paisagem em unidades de conservação, áreas de preservação permanente e demais áreas protegidas do Município, em especial:

1) na APA do Parque Natural Municipal de Marapendi, na Barra da Tijuca;

2) no Sítio de Relevante Interesse Ambiental e Paisagístico do Morro do
Camboatá em Deodoro;

onde  foram anunciadas a construção de um campo de golfe e de um
autódromo, respectivamente.



Conforme consta na ATA da reunião do Mosaico Carioca, realizada no dia 05 de dezembro de 2012, no Parque Natural Municipal de Marapendi - Recreio dos Bandeirantes.


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Conselho Gestor apresenta manifesto público sobre teleférico no Leme



O Conselho Gestor das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) do Morro do Leme, e dos Morros da Babilônia e de São João apresentam recomendações sobre o projeto de extensão do teleférico do Pão de Açúcar para o Morro do Leme através do documento a seguir:


Recomendações a Respeito do Projeto de Extensão do Teleférico da Empresa “Caminho Aéreo Pão de Açúcar” aos Morros do Leme e/ou da Babilônia.


1.    Introdução.
Considerando a apresentação do projeto de expansão do bondinho do Pão de Açúcar ao Morro do Leme feita pela Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar (CCAPA) ao Conselho Gestor das APAs do Morro do Leme, e dos Morros da Babilônia e de São João (CGA), no dia 25 de julho de 2012; 

Considerando o Caderno Especial “100 Anos de Bondinho”, com 8 páginas, encartado no jornal O Globo, de 21 de outubro de 2012, no qual foi noticiada a construção de uma possível estação do bondinho, no topo do Morro da Babilônia;

  1. Da proteção legal.
Considerando que os Morros do Leme e da Babilônia têm cobertura vegetal integrante do Bioma Mata Atlântica, protegida pela Lei Federal n.º 11.428/2006, bem como vêm recebendo, desde 1987, diversas ações de reflorestamento pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com o Exército e entidades da sociedade civil, conferindo a tais áreas o caráter de preservação permanente;  

Considerando que na APA do Morro do Leme encontram-se espécies da flora endêmicas e ameaçadas de extinção, que têm seu habitat nos extratos da mata e nas escarpas rochosas, e que, pelo Decreto Federal nº 750/93 art. 7º, é considerada de preservação permanente, ficando proibida qualquer alteração, corte, exploração, ou supressão desta vegetação; o que é também reforçado pela Constituição Estadual, no art. 265 inciso IV, e pela Lei Orgânica, no art. 463 inciso 9º alínea d;

Considerando que a APA do Morro do Leme é constituída por costões rochosos, e que estes, pela Constituição Estadual, em seu art. 265 inciso II, são considerados áreas de preservação permanente, não sendo permitida qualquer alteração em seu perfil natural;

Considerando que as escarpas rochosas em torno do Forte Duque de Caxias, devido às espécies da flora rupícola que as recobrem, estão em Zona de Preservação de Vida Silvestre (ZPVS), segundo o Plano Diretor da APA do Morro do Leme (Decreto Municipal n.º 14.008, de 5 de julho 1995) e são intangíveis;

Considerando que os Morros do Leme e do Urubu encontram-se situados na Área de Proteção Ambiental do Morro do Leme, instituída pelo Decreto Municipal nº 9.779, de 12 de novembro de 1990, que visa preservar um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica, situados no contraforte litorâneo do Maciço da Tijuca;

 Considerando que o Morro da Babilônia encontra-se situado dentro da Área de Proteção Ambiental instituída pelo Decreto Municipal nº 14.874, de 05 de junho de 1996; 


Considerando que ambos os morros estão incluídos na Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana – APARU do Complexo Cotunduba - São João, criada pela Lei n.º 5019, de 6 de maio de 2009;

 Considerando que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) tombou o contraforte do Morro da Babilônia por fazer parte do entorno do Monumento Natural do Pão de Açúcar, em 8 de agosto de 1973; 

Considerando que o Morro do Leme abriga no seu cume o Sítio Histórico do Forte Duque de Caxias (Forte do Vigia – 1776), que é tombado pelo Conselho Municipal de Cultura, pelo Decreto Municipal n.º 6.933, de 1987.

Considerando o que dispõe o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro (Art. 2.°, §1.°, §3.°, §4.°, §5.°, e Art. 117.°, VIII);
 Considerando que o Morro do Leme encontra-se no sítio reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, na categoria Paisagem Cultural, o que implica a sua preservação;

Considerando o parecer contrário à extensão do teleférico ao Morro da Babilônia, emitido pela Câmara Setorial Permanente de Unidades de Conservação do CONSEMAC, em 19 de novembro de 1998;

Considerando a Indicação CONSEMAC (Conselho Municipal de Meio Ambiente) nº 03, de 3 de dezembro de 1998, que recomenda ao Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro a não concessão de licença de extensão do sistema de teleféricos da Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar até o Morro da Babilônia;  

Considerando o parecer da Procuradoria Geral do Município, emitido em 4 de novembro de 1994, que conclui “diante de todos esses impedimentos legais e constitucional que foram editados com o fim específico de assegurar a preservação das espécies nativas existentes no local (Morro do Leme), forçoso se faz concluir pela impossibilidade jurídica da implantação de qualquer construção que altere suas condições naturais” (Processo 14/000192/94); 

Considerando que está sendo desenvolvido projeto de criação de Parque Natural Municipal, abrangendo (recategorizando) as áreas verdes das APAs e o Parque Estadual da Chacrinha;

  1. Da empresa Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar (CCAPA) (adiante referida como Companhia Caminho Aéreo).
Considerando o alto valor cobrado pela Companhia Caminho Aéreo para visitação por bondinho (atualmente 53 reais), o que inviabiliza o acesso local, frequente, ao público em geral;

Considerando que o acesso à estação do bondinho pela Avenida Pasteur, no bairro da Urca, tem se caracterizado pela desordem urbana, trazendo transtornos aos moradores da região e aos próprios turistas, conforme mostra reportagem do jornal O Globo, de 23 de julho de 2012;

Considerando o impacto ambiental causado pelo recorrente vazamento de esgoto que escorre da estação do Morro da Urca, pela encosta rochosa e sua vegetação, chegando à Pista Cláudio Coutinho e daí poluindo a Praia Vermelha, sem lhe ser dada solução;

Considerando o impacto ambiental causado pela queda de graxa dos cabos do bondinho, nas encostas do Pão de Açúcar, e também pelo lixo jogado pelos usuários do Morro da Urca, sem lhes ser dada solução;

Considerando que a Companhia Caminho Aéreo desconsidera a capacidade de carga da atual rota, que gera trânsito e filas imensas para acesso aos Morros da Urca e Pão de Açúcar (conforme mostra a reportagem do jornal Estado de São Paulo, do dia 21 de outubro de 2012), e que, se abrir uma estação no Leme, a desordem urbana se transferirá para lá;

Considerando que a Companhia Caminho Aéreo consentiu a exploração de pouso de helicópteros no Morro da Urca, que tem sido alvo de reclamações constantes das associações de moradores do entorno, que continuaram desconsideradas pela empresa; cremos que a mesma desconsideração haverá em relação aos moradores do Leme / Copacabana; 

Considerando a falta de detalhamento do projeto apresentado pela Companhia Caminho Aéreo ao Conselho Gestor das Áreas de Proteção Ambiental do Morro do Leme e dos Morros da Babilônia e de São João, sem os necessários estudos de impacto de vizinhança previstos no Estatuto da Cidade;

  1. Das Áreas de Proteção Ambiental e seu entorno.
Considerando que o bairro do Leme já recebe um enorme afluxo de pessoas e de veículos para a praia, principalmente nos fins de semana, feriados e dias de verão;

Considerando que a Companhia Caminho Aéreo planeja colocar uma estação de acesso ao público na Praça Júlio de Noronha, que é utilizada pela Escola Municipal Santo Tomás de Aquino e também intensamente pela comunidade do bairro, como: feira livre, lazer, academia da 3ª idade;

Considerando a apresentação feita pela Companhia Caminho Aéreo, na qual o Pão de Açúcar tem uma visitação anual em torno de 1 milhão e 300 mil pessoas (com 4.500/dia na alta estação), e que planeja receber mais de 2 milhões de pessoas (até o ano 2016), então, se houver a estação Leme, ela por estar junto à Praia da Copacabana, receberá a maioria dos 7.300 visitantes/dia (na alta estação), trazendo a desordem urbana usual da estação Praia Vermelha para o Leme, assim expulsando os moradores do seu lazer na Praça e canto do Leme, e comprometendo a mobilidade de moradores e visitantes; 

Considerando a importância para a comunidade do Leme da permanência do Centro de Estudos de Pessoal e Forte Duque de Caxias (CEP/FDC), que é uma instituição de ensino do Exército Brasileiro, que mantém relacionamento com diversos públicos e segmentos da sociedade, ultrapassando as atividades exclusivamente de âmbito militar, e tradicionalmente proporciona atividades físicas e culturais aos moradores locais, desenvolvendo-os como pessoas;

Considerando que o impacto ambiental causado pela construção de duas estações de teleférico no topo do Morro do Leme (para receberem as linhas Praça Júlio de Noronha - Morro do Leme e Morro do Leme - Morro da Urca) seria grande sobre o ecossistema das áreas abrangidas pelo Projeto de Reflorestamento e Conservação Ambiental, que vem sendo desenvolvido no local, desde 1987;

Considerando que a instalação de duas estações de teleférico mais as duas linhas de cabos aéreos, no topo do Morro do Leme, descaracterizariam o sítio histórico do Forte Duque de Caxias, já tombado;

Considerando o impacto visual que as duas linhas de teleférico supracitadas e suas três estações (uma na Praça Júlio de Noronha e duas no topo do Morro do Leme) teriam sobre a paisagem do Morro do Leme e do entorno da Praia do Leme / Copacabana e Praia Vermelha (internacionalmente conhecidas), que seria desfigurada pelas edificações e cabos aéreos;

Considerando que o Forte Duque de Caxias já tem fácil acesso ao morador ou turista, num passeio ecológico diferenciado, sem tumulto, a pé ou por viatura (aos portadores de necessidades especiais/idosos) por estrada calçada, com apenas 800 metros, pelo preço popular de 4 reais (com gratuidade a idosos e grupos escolares e institucionais, sendo que hoje cerca de 70% do público visitante é não pagante), o que permite ao morador frequentar a área de lazer, prazerosa e rotineiramente;

Considerando que as APAs da Babilônia-São João e do Leme, mais o Parque da Chacrinha estão no sítio histórico de defesa do Rio, construído no século 18 com o nome de Reduto do Leme e do qual ainda existem várias ruínas militares, seteiras e casamatas, como as ruínas do Forte do Anel (ao nível do mar), e a ruína do Telégrafo (semafórico), no topo do Morro da Babilônia; que várias destas ruínas têm pedido de tombamento e que os diversos postos do Reduto do Leme eram unidos por trilhas históricas, que se confundem hoje com suas trilhas ecológicas de visitação, ambientadas por flora e fauna nativas, cuja conservação não pressupõe turismo de massa, como o agora proposto pela Companhia Caminho Aéreo;

Considerando que este conjunto formado pelos Morros da Babilônia, Urubu e Leme apresenta um elevado potencial para prática do turismo ecológico, constituindo-se, portanto, em um produto turístico diferenciado daquele que já é hoje oferecido pelo caminho aéreo, que serve aos Morros da Urca e do Pão de Açúcar, e que uma eventual extensão do teleférico ao Leme/Babilônia traria um afluxo de pessoas incompatível com a prática do turismo ecológico;

Considerando que o bairro do Leme encontra-se geograficamente confinado entre os Morros do Leme, da Babilônia e o Oceano Atlântico, possuindo opções de acesso limitadas e mobilidade interna reduzida, conferindo-lhe assim uma significativa fragilidade urbano-ambiental;

 Considerando a competência dada ao Conselho Gestor das Áreas de Proteção Ambiental do Morro do Leme e dos Morros da Babilônia e de São João, através dos artigos 11 (III e IV) e 14 (VI) da Resolução SMAC nº 80, de 8 de dezembro de 2000,  vem: 

1º) recomendar publicamente a favor da criação do Parque Natural Municipal no mosaico de unidades de conservação composto pela APA do Morro do Leme, APA dos Morros da Babilônia e de São João, e Parque Estadual da Chacrinha, e;

2º) recomendar contra o desenvolvimento do projeto de expansão do teleférico da Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar (CCAPA), aos Morros da Babilônia, do Urubu e do Leme, localizados entre os bairros de Botafogo, Urca e Leme, que, por suas características e fragilidades ambientais, paisagísticas e urbanísticas encontra-se no limiar de sua capacidade de suporte urbano-ambiental para receber novas intervenções espaciais de tal monta, sem impactar negativamente a estética natural, a mobilidade interna dos bairros e a qualidade de vida de seus moradores.


Rio de Janeiro, 21 de novembro de 2012.


Conselho Gestor das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) do Morro do Leme, e dos Morros da Babilônia e de São João.





quarta-feira, 28 de novembro de 2012

4º Encontro de Comunidades do Mosaico Central Fluminense, em Lumiar


 4º ENCONTRO DE COMUNIDADES DO MOSAICO CENTRAL FLUMINENSE 

Venha participar e enriquecer o debate! O evento será gratuito e aberto.

Data: 1º de Dezembro de 2012;Horário: 9:00 h às 17:00 h;Local: Colégio Estadual Carlos Maria Marchon;Endereço: Praça Eugênio Gustavo Brust, s/n, Centro, Lumiar, Nova Friburgo/RJ. Tel:   (22) 2542 9901.

INSCRIÇÕES:A ficha de inscrição deverá ser encaminhada para: secexecmosaicocentral@gmail.com, ou rifan.ale@gmail.com (Diálogo Social do PETP).


MAIS INFORMAÇÕES:Mosaico Central Fluminense (APA Petrópolis) – Tel:   (24) 2222 1651 secexecmosaicocentral@gmail.com


Núcleo Avançado do PETP/APA Estadual Macaé de Cima – Tel:   (22) 2542 9530 rifan.ale@gmail.com

quarta-feira, 21 de novembro de 2012


O Parque Nacional da Tijuca está promovendo uma oficina de manejo de trilhas para gestores de Unidades de Conservação entre os dias 21 e 23/11.

O evento terá a participação da coordenação geral de uso público do ICMBio e de gestores de 8 UC Federais. Seria uma ótima oportunidade de capacitação para pessoal das UC do Mosaico visando o para fortalecimento da Trilha Transcarioca.

Neste sentido estamos disponibilizando algumas vagas para INEA e para a SMAC.

A programação básica é a seguinte:

Quarta (21/11)
9:00 (Centro de Visitantes)
Apresentação geral e aula expositiva com debate:
Classificação de níveis de trilhas, conceitos gerais e ferramentas 

13:00 (trilhas)
Circulação para conhecer intervenções de drenagem, contenções e sinalização rústica

17:00 (Sede)
Prática de pintura de placas e setas

Quinta (22/11)
8:00 (trilhas)
Prática de definição de traçado e reabertura de trilhas, incluindo todas as intervenções necessárias

Sexta (23/11)
8:00 (trilhas)
Prática de recuperação de trilhas

Quem estiver interessado em participar por favor entre em contato o quanto antes para programarmos. A alimentação será por conta dos participantes, mas caso haja interesse o PNT disponibiliza alojamento (talvez seja necessário trazer saco de dormir).

Abraço, 
-- 
Ernesto Bastos Viveiros de Castro
Parque Nacional da Tijuca - ICMBio

domingo, 11 de novembro de 2012

Conheça o Projeto Visada!

Foto: Exército do Brasil, https://www.facebook.com/fortedoleme

A 1ª Fase do Projeto Visada está concluída!

Foram instaladas as lunetas panorâmicas nos Fortes do Leme e Copacabana visando integrar os fortes da Baía de Guanabara e os principais monumentos do Rio. Agora os visitantes podem observar e identificar a paisagem pela observação através de lunetas panorâmicas.

O PROJETO VISADA tem como objetivo incentivar a visitação aos Fortes e Fortalezas para maior divulgação de nossa História, Cultura e Valores e o fortalecimento da imagem positiva do Exército do Brasil.

É uma ótima ideia que poderia alcançar outras UCs do Rio de Janeiro, não acham? :)

Exposição no Museu do Desporto do Exército

O Museu do Desporto do Exército, localizado na Fortaleza de São João, no bairro da Urca-RJ,
em parceria com as instituições Saber Cultural, Cultural Arte Nova e Editora ArtClub, realiza
uma grande exposição temática Esporte e Meio Ambiente. D
ezenas de
artistas plásticos de vários estados brasileiros, apresentam obras inéditas relacionadas ao tema.
A exposição permanecerá aberta à visitação pública no período de 9 a 18 de novembro de
2012, de terça a domingo, das 09:30 às 12:00 horas e das 13:30 às 17:00 horas. 


Segundo o 
Subcomandante do CCFEx, O momento expositivo é propício, tendo em vista a série de eventos esportivos que contemplarão o Rio de Janeiro nos próximos anos.

Encontro de Gestores de Jardins Históricos na Casa de Rui Barbosa


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

V Fórum de Planejamento Turístico Parque e Pessoas


Caminhada Ecológica no Morro da Babilônia, dia 28/10



O CGA, Conselho Gestor das APAs dos Morros da Babilônia, São João e Leme, e Entidades que o formam, convidam para a CAMINHADA ECOLÓGICA, no DIA 28 de OUTUBRO/2012, domingo, comemorando:
  • 13ª Primavera do CGA,
  • 22 anos da APInha da Ramon Cast
    illa (Lei 1579/90)
  • 21 anos de criação da APA do Morro do Leme e Ilha da Cotunduba,
  • 16 anos da criação da APA dos morros da Babilônia e São João.

A caminhada terá dois pontos de partida:
No PONTO 1 - BOTAFOGO/URCA (chegar ao local até 09:00 HORAS) - Parque General Leandro atrás do nº 66 da Rua Lauro Muller (rua atrás do Rio Sul). Previsão de retorno ao ponto de partida: 14:00 horas.
e informações no dia pelo telefone 9121-1498 ou 9650-1898<= na dúvida ligue para confirmar se vai acontecer!
No PONTO 2 - LEME (Chegar ao local antes de 09:40h) - Esquina da Rua Ribeiro da Costa com a Ladeira Ari Barroso.
Informações ligar 2295-6649 ou 7879-6319
Previsão de retorno ao ponto de partida: 13:30 h.

Passeio gratuito, caminhada suave, paisagem deslumbrante.
Os menores podem participar, desde que acompanhados e com o formulário de autorização preenchido e assinado no dia pelo responsável.

Os primeiros participantes receberão um BONÉ e uma CAMISA, da CAMINHADA, patrocinados pelo RIO SUL.

Apoio:
Cooperativa de Reflorestadores da Babilônia,
Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMAC,
Centro de Estudos do Pessoal do Exército,
Prefeitura Militar da Zona Sul,
RIO SUL e
CGA.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

II Encontro Fluminense de Arborização Urbana


VII Fórum Internacional do Meio Ambiente Brasil-Japão - INSCRIÇÕES ABERTAS!!!









A inscrição do VII Fórum Internacional do Meio Ambiente Brasil-Japão cujo tema para este ano é Boas práticas para manter a cidade limpa é gratuita. Envie um email para forumbrasiljapao@gmail.com completando os seguintes dados:

* Nome completo:
* Instituição que representa: 
* Telefone de contato: 
* Necessidade de certificado de participação: (  ) sim (  )não
 Obs: Para ter direito ao certificado deve participar de, pelo menos, um dia inteiro, ou ambos. 

Como as inscrições são limitadas, o Fórum está procedendo à inscrição por módulo de interesse, o qual deve ser definido no momento da inscrição:

(  ) MÓDULO I:  Política,  Legislação  e Penalização em Resíduos Sólidos - dia 23 de outubro, das 9h às 12h20.

(  ) MÓDULO II:  Projetos de Boas Práticas no  Descarte e Coleta de Resíduos Sólidos  – dia 23 de outubro, das 14h às 18h.

(  ) MÓDULO III: Educação Ambiental – dia 24 de outubro, das 9h30 às 12h30.

 (  ) MÓDULO IV: Planejamento Plurianual para  Resíduos Sólidos – dia 24 de outubro, das 14h às 18h.






segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Curso básico de sinalização e manejo de trilhas



Promovido pelo Mosaico Carioca de Áreas Protegidas no Forte do Leme nos dias 29 e 30 de Setembro de 2012, com instrução de Livio Bruno O. Peixoto (Mosaico Carioca / SMAC) e Thiago Haussig (PNT), o curso teve como objetivo levar aos participantes tópicos básicos de como manejar sinalizar trilhas em Unidades de Conservação da Natureza.










A segunda parte do treinamento em Sinalização e Manejo de Trilhas para o primeiro grupo de alunos composto pelos trabalhadores da Coopbabilônia. 

O treinamento aconteceu no dia 10 de outubro, na APA dos Morros da Babilônia / São João, Leme / Urubu. 

Parque Nacional da Tijuca disponibilizou dois especialistas para transmitirem aos trabalhadores da CoopBabilônia sua experiência no assunto. 

No treinamento foram repassados os fundamentos para o manejo de trilhas como o  planejamento (avaliação de campo,  equipes, traçados e trajetos), a manutenção (ferramentas, EPIs e Educação Ambiental) e a sinalização apropriada para Unidades de Conservação.










domingo, 7 de outubro de 2012

Colóquio BiodiverCities, na PUC!

Será realizado na PUC-Rio nos dias 29 e 30 de outubro,  o Colóquio BiodiverCities.
Veja a programação:






sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A Ciência Ameaçada, por Rogério Gribel.


A Ciência Ameaçada
Rogério Gribel

O Brasil é considerado o país com a maior diversidade de espécies de plantas no mundo. As plantas sustentam as outras formas de vida na Terra, promovendo serviços ambientais para a humanidade, como regulação do clima, conservação dos solos, manutenção da fauna e melhoria na qualidade do ar e das águas. Porém, muitos dos ecossistemas brasileiros estão ameaçados. Os jardins botânicos do mundo têm como meta promover o conhecimento científico da flora, o entendimento público sobre o valor das plantas e a importância das questões ambientais, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes em um planeta em rápida transformação. Nesse esforço se insere o Jardim Botânico do Rio de Janeiro – instituição bicentenária de reconhecimento internacional. 

Considerando o cenário de mudanças climáticas e pressão crescente sobre os biomas do país, os desafios no futuro próximo serão imensos. 

Para o cumprimento de sua missão, o Jardim Botânico necessita cultivar, conservar, pesquisar e apresentar ao público exemplares das espécies da flora nacional, especialmente aquelas ameaçadas de extinção, além de outras milhares de espécies raras, de importância etnobotânica, ornamental, medicinal, etc. No entanto, enquanto o número de espécies ameaçadas aumenta devido à rápida ocupação do território nacional, as áreas disponíveis no Jardim para seu cultivo, pesquisa e conservação vêm se restringindo em função de ocupações irregulares em sua área tombada. 

As áreas do antigo Horto, e que estão dentro do perímetro tombado da instituição, eram recobertas, desde o início do século XX, por experimentos científicos com espécies arbóreas. Isto é comprovado de forma inquestionável, inclusive por meio de foto aérea, no livro “Contribuição à dendrometria das essências florestais”, de Guilherme de Almeida, publicado em 1949, que descreve e mapeia os talhões florestais implantados na época. Esses experimentos pioneiros foram paulatinamente suprimidos, principalmente a partir da década de 60, para construção de moradias e pontos de comércio, além da instalação de um prédio do Serpro e de uma subestação da Light. 

Como resultado, o Jardim encontra-se atualmente engessado quanto às possibilidades de expansão de suas coleções científicas vivas e das áreas para visitação pública, que já chega a mais de 700 mil visitantes por ano. Os pesquisadores não mais trazem, de suas inúmeras expedições, sementes e mudas de árvores para plantio, pois não há onde cultivá-las. 

A reintegração ao Jardim das áreas tombadas do Horto e a restauração da sua integridade territorial e paisagística são essenciais para que a instituição possa cumprir suas importantes missões nas áreas científica, conservacionista e educativa. Isso permitirá às gerações futuras conhecer e valorizar ao menos uma parcela da magnífica biodiversidade de que a natureza nos proveu nesta parte do planeta chamada Brasil.

Artigo reproduzido do Jornal O Globo, edição de quarta-feira, 26 de setembro de 2012.Rogério Gribel é pesquisador em Genética e Ecologia Vegetal e Diretor de Pesquisas Científicas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Evento Carbono Zero - Fotos


Estudantes de escolas públicas, universitários, Pro-Jovem, Melhor Idade e moradores participaram das atividades do evento Carbono Zero na APA Gericinó-Mendanha, em 21/09.