Fotos Luiz Morier |
Vasto material para caça,
incluindo espingardas de grosso calibre, 19 cavalos e uma pessoa
detida. Este é o saldo da operação deflagrada no dia 16/08/2012 no Parque
Estadual da Pedra Branca, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, pela Coordenadoria
Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca; órgão da Secretaria de
Estado do Ambiente).
Fotos Luiz Morier |
A ação contou com o apoio de policiais da Unidade de
Policiamento Ambiental (UPAm) do parque da Pedra Branca, que foi criada ontem,
do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e do Grupamento Aeromóvel (GAM) da
Polícia Militar
Entre os objetos apreendidos, estão 13 trabucos, espécie
de armadilha preparada para atirar à curta distância ao ser acionada pela
passagem de animais silvestres; uma ameaça à vida de quem percorre as trilhas
dessa unidade de conservação. Também foi apreendida farta munição de diversos
calibres e duas espingardas, uma delas de calibre 36.
Todo o material foi levado para a Delegacia de Proteção ao
Meio Ambiente (DPMA). José da Silva dos Santos, que seria caçador, foi detido e
conduzido para a DPMA, para prestar esclarecimentos. Ele responderá por crime
ambiental.
A operação começou no início da manhã desta
quinta-feira. Com apoio do helicóptero do Inea, equipes
percorreram, por terra, boa parte do Parque Estadual da Pedra Branca,
na vertente de Realengo. Os policiais apreenderam 19 cavalos que estavam soltos
no parque. Alguns tiveram que ser sedados com dardos. Içados por um
helicóptero, foram transportados para um terreno na região, sendo então levados
para o Curral Associado de Itambi, que tem convênio com o Governo do Estado.
Ao vasculharem um rancho, os policiais encontraram
armamento para caça: 13 trabucos, duas espingardas e vasta munição de vários
calibres. Embrulhado em jornais, o material estava escondido em uma gruta
próxima ao rancho. No local foi detido José da Silva dos Santos, que, segundo
os policiais, é caçador.
“O principal objetivo da ação de hoje, que contou
com apoio de policias da UPAm da Pedra Branca, criada há apenas
um dia, teve o objetivo de reprimir os animais que pastam e pisoteiam as áreas
reflorestadas. O Governo do Estado gasta uma quantia considerável em ações de
reflorestamento. Durante a ação, flagramos um caçador com farta munição,
armamento pesado e vários trabucos, arma perigosa porque fica na trilha, um
perigo para quem caminha pelas trilhas. Pedimos que a população colabore,
denunciando ilegalidades como as que estamos combatendo hoje”, disse o chefe da
Cicca, José Maurício Padrone.
“Com este primeiro trabalho de apoio da UPAm, que foi
inaugurada ontem, mostramos que os nossos parques serão bem cuidados e o crime
ambiental, reprimido, viabilizando o ecoturismo e os empregos verdes”, disse o
secretário do Ambiente, Carlos Minc, ao ser informado sobre o resultado da
operação.
Segundo o administrador do Núcleo Piraquara do Parque
Estadual da Pedra Branca em Realengo, Marcos Melo, os proprietários de
cavalos e bois soltam seus animais ilegalmente na unidade de conservação. Os
bois e cavalos acabam então destruindo as mudas do trabalho em curso de
reflorestamento do parque, ao pisoteá-las ou se alimentarem delas.
“Esses proprietários promovem queimadas para a pastagem de
seus animais, o que configura crime ambiental. Só na semana passada, foram
consumidos por queimadas cerca de quatro hectares de área reflorestada, o
equivalente a três mil mudas de espécies da Mata Atlântica, na face norte do
Maciço da Pedra Branca, na Serra de Bangu”, explicou Marcos Melo.
Com 12.500 hectares de área, o Parque Estadual da Pedra
Branca é considerado a maior reserva florestal em área urbana do mundo,
servindo de abrigo a uma rica fauna, composta por pacas, cotia, jacus, tatus e
outros animais silvestres. O parque foi criado por lei estadual em 1974, com o
objetivo de preservar o patrimônio natural em uma região central do Município
do Rio de Janeiro.
Ação
da Secretaria do Ambiente teve apoio da recém-criada Unidade de Policiamento
Ambiental (UPAm), Ascom SEA e Sandra Hoffmann
Fotos Luiz Morier
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