Matéria divulgada no site da Rede Bandeirantes revela o novo traçado da Transolímpica.
O traçado original da Transolímpica já previa a passagem por dentro do Parque Estadual da Pedra Branca, com a nova alteração mais hectares serão devastados. Imagem retirada do Portal Transporta Brasil (http://www.transportabrasil.com.br/).
O novo traçado da Transolímpica, corredor expresso de ônibus que vai ligar a Barra da Tijuca a Deodoro, vai desmatar o equivalente a 20 campos de futebol da Mata Atlântica carioca. A decisão, em forma de decreto publicado no Diário Oficial do Estado, foi tomada com base em uma lei federal que permite a supressão de áreas de vegetação em casos de utilidade pública.
Serão quase 20 hectares do bioma, em estágio médio e avançado de regeneração, que serão eliminados. Para compensar a vegetação que será extinta, a Prefeitura do Rio informou que vai fazer o plantio de 40 hectares de espécies do bioma dentro do Parque Estadual da Pedra Branca. Segundo a Secretaria Municipal de Obras, a medida reduzirá de 497 para 25 o número de desapropriações necessário para a obra.
Previsto para ser inaugurado em 2015, o corredor terá 23Km e vai passar por 9 bairros. Em 2011, um relatório da Prefeitura apontou que metade da região da Zona Oeste, por onde vai passar a maior parte do BRT, é coberta pela vegetação da Mata Atlântica.
Em resposta, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio-2016 ratificou ao UOL Esporte seu compromisso com a sustentabilidade. Em nota, informou que ele "começa dentro de casa". Por isso, o órgão compra madeira ou papel com certificado de manejo florestal, vai servir pescado produzido de forma sustentável nas refeições durante os Jogos e trabalha para a ampliação da acessibilidade em hotéis do Rio.
Sobre a Transolímpica, o comitê afirmou que a obra é um exemplo "do desafio que é a sustentabilidade". O órgão ressaltou que a derrubada das árvores só será feita para reduzir as remoções de famílias. Informou também que espera que a compensação da derruabada seja bem feita. "Para o comitê, é essencial que haja manejo adequado e contínuo até a completa recuperação do ambiente onde foi feito o plantio", complementou o comitê.
O comitê ainda ressaltou que não executa nenhuma obra olímpica. Porém, monitora a construção do campo de golfe e a despoluição da Baía de Guanabara. Sobre o campo de golfe, o Rio-2016 informou que a obra recuperará o terreno e multiplicará em cinco a área de vegetação do espaço. Já a despoluição da baía, segundo o Rio-2016, está em execução.
Para a leitura do decreto citado, ver o link: http://www.jusbrasil.com.br/diarios/68540932/doerj-poder-executivo-03-04-2014-pg-4
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