segunda-feira, 5 de maio de 2014

Cooperação Brasil e África, uma viagem para a Conservação.

Do dia 03 ao dia 16 de novembro de 2013 o Mosaico Carioca de Áreas Protegidas em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica e atendendo ao convite da Embaixada do Brasil no Zimbábue, estreitou ainda mais os laços do nosso país com três nações africanas que são destaques quando o assunto é a conservação da vida selvagem através de parques: a África do Sul, o Quênia e o Zimbábue.

A equipe de técnicos brasileiros viajou motivada pelos relatos inspiradores do nosso colega e diplomata Pedro Menezes, um dos idealizadores e entusiastas da implementação da primeira trilha de longo percurso do Brasil, a Trilha Transcarioca com seus mais de 170 Km, hoje em processo de implantação.

A Delegação brasileira, composta pelo Coronel PMERJ José Maurício Padrone (6), Coordenador de Combate aos Crimes Ambientais da Secretaria de Estado do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro; pelo Coronel PMERJ Eduardo Frederico Cabral de Oliveira (11), Comandante do Comando de Polícia Ambiental da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro; pelo Tenente-Coronel PMDF Claudio Ribas de Sousa (3), Comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental da Polícia Militar do Distrito Federal; pela Capitão PMDF Isabela Cristina de Souza Almeida (1), Chefe da Subseção de Doutrina a Instrução Especializada da Polícia Militar do Distrito Federal; pela Primeira-Tenente PMDF Regiane Borges de Morais (9), Chefe da Assessoria de Análise Técnico Jurídica da Polícia Militar do Distrito Federal; por Ernesto Viveiros de Castro (12), Chefe do Parque Nacional da Floresta da Tijuca, ICMBio – MMA; por Patrícia Fonseca Figueiredo de Castro (7), Gerente de Unidades de Conservação de Proteção Integral do Instituto Estadual do Ambiente – INEA\RJ; por Alexandre Marau Pedroso (10), Chefe do Parque Estadual da Pedra Branca, Instituto Estadual do Ambiente – INEA\RJ; por Celso Junius Ferreira Santos (2) e Claudia Maria Bello Cintra Magnanini (5), representantes da Secretaria Executiva do Mosaico Carioca, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente – SMAC, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro; por Guido Gelli (8), Diretor Executivo da Associação dos Amigos do Parque Nacional da Tijuca, e por Pedro de Castro da Cunha e Menezes (4), Conselheiro da Embaixada do Brasil no Zimbábue, idealizador da Trilha Transcarioca e mentor desta viagem à África.

Orgulhosos por fazer parte da delegação brasileira enviada a estes países, a Secretaria Executiva do Mosaico Carioca esteve representada por Celso Junius Ferreira SantosClaudia Cintra Magnanini. Outras insituições componentes do Mosaico Carioca também marcaram presença, como o Instituto Estadual do Ambiente (INEA/RJ), o Instituto Chico Mendes (ICMBio) e o Parque Nacional da Tijuca (PNT). Além destes, representantes da Polícia Militar e Ambiental do Rio de Janeiro e do Distrito Federal também compuseram a delegação de doze pessoas que por duas semanas puderam conhecer algumas das mais importantes instituições de proteção da vida selvagem.

A missão da delegação nestes países teve como objetivo conhecer as políticas de segurança e manutenção de Parques Nacionais, com especial ênfase para as trilhas de longo percurso, além da realização de estudos e treinamentos com foco na prevenção e repressão de crimes ambientais.

Tanto o Quênia, quanto o Zimbábue e a África do Sul, possuem em seus parques nacionais a maior e mais variada diversidade de espécies de mamíferos em todo o mundo. Esse fato, associado à caça ilegal desses animais, seja para a subsistência ou para o comércio ilegal de marfim e chifres de rinoceronte, levaram esses países a montarem estruturas sólidas e bem organizadas de proteção ao meio ambiente. São países que contam com alguns dos mais significativos contingentes de guarda-parques do mundo, referência internacional em operações de segurança, combate aos crimes ambientais e fiscalização dos parques e trilhas com medidas de inteligência, prevenção e repressão.

Todo este conhecimento acumulado pelas instituições africanas, como o Kenya Wildlife Service e o Wildlife Management Authority, é extremamente valioso para o Brasil. Estas são referências mundiais em operações anti-caça e gestão em unidades de conservação e têm muito a oferecer ao nosso país, tendo em vista que nós também somos um dos grandes hotspots de biodiversidade do mundo, e não apenas por causa da Amazônia. O bioma Mata Atlântica, do qual fazem parte todas as unidades de conservação do Mosaico Carioca, abriga uma diversidade que é comparável a encontrada no próprio bioma Amazônico, demonstrando ainda mais a importância dos esforços empreendidos pelo Mosaico Carioca em conservar as áreas protegidas e implementar os corredores verdes entre estas.

Apresentação das experiências da Delegação Brasileira.


Traduzir a importância e a quantidade de informações adquiridas que vão desde as políticas e estratégias de segurança, até os simples, porém importantes, detalhes técnicos construtivos observados nas trilhas percorridas, é muito importante para o fortalecimento das ações do Mosaico Carioca e para a implementação da Trilha Transcarioca. Certamente existirão muitos “frutos para colher” da experiência ímpar que foi participar dessa viagem técnica.

Um comentário:

  1. Pessoal, que tal itemizar alguns pontos importantes da visita técnica, como aprendizados, fatos e números? Excelente iniciativa!

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