terça-feira, 28 de agosto de 2012

O FORTE DO LEME é aberto ao público de Ter a Dom e feriados, de 09h30 ás 16h30. Ingressos R$ 4,0 e 2,0. Maiores de 60 e menores de 10 anos de idade e ESCOLAS, são ISENTOS.





Informamos que os AGENDAMENTOS para visitas GUIADAS e outras solicitações deverão ser realizadas pelo site do CEP/FDC ou Mdtte Ofício ao Comandante do Centro de Estudos de Pessoal e Forte Duque de Caxias - Pç Almte Júlio de Noronha, S/ Nr, Leme , Rio Janeiro -RJ.

sábado, 25 de agosto de 2012

MOÇÃO DE APOIO AO JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2012.



As unidades de conservação e demais áreas protegidas públicas servem a população em geral, prestando inestimáveis serviços à sociedade.

A ocupação desses espaços por moradias ou outras formas ocupação privada, alheias às suas finalidades, acarreta prejuízos ao patrimônio ambiental, cultural, histórico e paisagístico.

O Mosaico Carioca considera prioritária a regularização fundiária das áreas protegidas que o compõem, respeitadas as devidas peculiaridades. Dessa forma, defende que as três esferas de governo atuem em conjunto para solucionar o conflito gerado pela ocupação inadequada do seu território.

Assim sendo, o Mosaico Carioca vem manifestar o seu apoio ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro, instituição secular de enorme prestígio e área protegida relacionada na candidatura da cidade do Rio Janeiro como Patrimônio Mundial na categoria Paisagem Cultural, no esforço de preservar sua integridade frente a ameaça de perda de parte do seu espaço.

Defende ainda a importância do respeito ao direito de cada cidadão a moradia digna, sem prejuízo ao direito de todos de usufruírem do patrimônio público.





Moção elaborada a partir da iniciativa dos gestores e colaboradores da áreas protegidas da Cidade do Rio de Janeiro em reunião do Mosaico Carioca realizada no dia14/08/2012 na Diretoria de Pesquisas do Jardim Botânico.


Mais informações sobre a questão da luta do Jardim Botanico para manter sua
integridade em:


http://oglobo.globo.com/rio/liszt-vieira-querem-construir-casas-dentro-do-jardim-botanico-nao-da-5959002


Vídeo (entrevista) sobre o assunto:

http://oglobo.globo.com/videos/t/todos-os-videos/v/catalogo/2106382

domingo, 19 de agosto de 2012

Cavalos e material para caça são apreendidos no parque da Pedra Branca


Fotos Luiz Morier
Vasto material para caça, incluindo espingardas de grosso calibre, 19 cavalos e uma pessoa detida. Este é o saldo da operação deflagrada no dia 16/08/2012 no Parque Estadual da Pedra Branca, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca; órgão da Secretaria de Estado do Ambiente).

Fotos Luiz Morier

A ação contou com o apoio de policiais da Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm) do parque da Pedra Branca, que foi criada ontem, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e do Grupamento Aeromóvel (GAM) da Polícia Militar
Entre os objetos apreendidos, estão 13 trabucos, espécie de armadilha preparada para atirar à curta distância ao ser acionada pela passagem de animais silvestres; uma ameaça à vida de quem percorre as trilhas dessa unidade de conservação. Também foi apreendida farta munição de diversos calibres e duas espingardas, uma delas de calibre 36.

Todo o material foi levado para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). José da Silva dos Santos, que seria caçador, foi detido e conduzido para a DPMA, para prestar esclarecimentos. Ele responderá por crime ambiental.


A operação começou no início da manhã desta quinta-feira. Com apoio do helicóptero do Inea, equipes percorreram, por terra, boa parte do Parque Estadual da Pedra Branca, na vertente de Realengo. Os policiais apreenderam 19 cavalos que estavam soltos no parque. Alguns tiveram que ser sedados com dardos. Içados por um helicóptero, foram transportados para um terreno na região, sendo então levados para o Curral Associado de Itambi, que tem convênio com o Governo do Estado.


Ao vasculharem um rancho, os policiais encontraram armamento para caça: 13 trabucos, duas espingardas e vasta munição de vários calibres. Embrulhado em jornais, o material estava escondido em uma gruta próxima ao rancho. No local foi detido José da Silva dos Santos, que, segundo os policiais, é caçador.


“O principal objetivo da ação de hoje, que contou com apoio de policias da UPAm da Pedra Branca, criada há apenas um dia, teve o objetivo de reprimir os animais que pastam e pisoteiam as áreas reflorestadas. O Governo do Estado gasta uma quantia considerável em ações de reflorestamento. Durante a ação, flagramos um caçador com farta munição, armamento pesado e vários trabucos, arma perigosa porque fica na trilha, um perigo para quem caminha pelas trilhas. Pedimos que a população colabore, denunciando ilegalidades como as que estamos combatendo hoje”, disse o chefe da Cicca, José Maurício Padrone.

“Com este primeiro trabalho de apoio da UPAm, que foi inaugurada ontem, mostramos que os nossos parques serão bem cuidados e o crime ambiental, reprimido, viabilizando o ecoturismo e os empregos verdes”, disse o secretário do Ambiente, Carlos Minc, ao ser informado sobre o resultado da operação.

Segundo o administrador do Núcleo Piraquara do Parque Estadual da Pedra Branca em Realengo, Marcos Melo, os proprietários de cavalos e bois soltam seus animais ilegalmente na unidade de conservação. Os bois e cavalos acabam então destruindo as mudas do trabalho em curso de reflorestamento do parque, ao pisoteá-las ou se alimentarem delas.

“Esses proprietários promovem queimadas para a pastagem de seus animais, o que configura crime ambiental. Só na semana passada, foram consumidos por queimadas cerca de quatro hectares de área reflorestada, o equivalente a três mil mudas de espécies da Mata Atlântica, na face norte do Maciço da Pedra Branca, na Serra de Bangu”, explicou Marcos Melo.


Com 12.500 hectares de área, o Parque Estadual da Pedra Branca é considerado a maior reserva florestal em área urbana do mundo, servindo de abrigo a uma rica fauna, composta por pacas, cotia, jacus, tatus e outros animais silvestres. O parque foi criado por lei estadual em 1974, com o objetivo de preservar o patrimônio natural em uma região central do Município do Rio de Janeiro.
Ação da Secretaria do Ambiente teve apoio da recém-criada Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm)Ascom SEA e Sandra Hoffmann
Fotos Luiz Morier


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Parque Natural Municipal Marapendi

Foto: Abílio Fernandes

O Parque Natural Municipal Marapendi está situado no interior da APA do Parque Municipal Ecológico de Marapendi. Estende-se pela faixa litorânea da Barra da Tijuca, entre a Avenida Sernambetiba e a Avenida das Américas, somado às áreas marginais da Lagoa de Marapendi. Foi criado em 18 de setembro de 1995, pelo Decreto nº 14.203, atualmente sob a gestão de Abílio Fernandes, entrevistado de hoje.  Tem como objetivos a preservação, proteção e recuperação dos ecossistemas existentes no local, a promoção do desenvolvimento de programas de educação ambiental e pesquisa científica e a manutenção de  espaços verdes e livres para a promoção do lazer em área urbana. 

Foto: Lívia Coelho


O que levou você a querer se tornar gestor de uma Unidade de Conservação? Como foi essa trajetória?

Abílio – “Minha vinda para o Recreio dos Bandeirantes se deu através da busca de  melhor qualidade de vida, um lugar onde eu tivesse um contato maior com a natureza. Desde então, sempre tive esta preocupação em manter este lugar do mesmo jeito que ele era quando vim morar aqui e foi quando comecei a desenvolver, ainda como surfista, um projeto de recuperação da vegetação nativa de restinga, para ajudar a evitar a erosão. Foi a partir daí e de outros projetos que passei a me envolver ainda mais com o meio ambiente do Recreio e a conhecer cada vez mais pessoas dentro da Prefeitura. Fui então convidado a ser Administrador Regional do Recreio e foi onde eu tive o conhecimento da vontade que tinham de criar um Centro de Referência Ambiental no Marapendi. Nessa época inauguramos esse Centro com um projeto chamado Alunos Guardiões da Orla, o qual visava o replantio da vegetação nativa da Praia do Recreio dos Bandeirantes com alunos através do conhecimento do ecossistema local. Foi o primeiro projeto desenvolvido nesse Centro. Depois disso fui ser gestor do parque e acho que é uma vocação minha. Eu sempre tive cuidado com o meio ambiente e sempre zelei por ele. Acho que temos que escolher fazer na vida uma coisa que façamos com amor para que possamos fazer bem feito. Eu gosto tanto do que faço que não me vejo fazendo outra coisa”.


Existem problemas no parque por influência da comunidade? Quais são?

Abílio – “Não temos problemas com a comunidade ao redor do parque no que diz respeito à invasão. O parque tem seus limites bem demarcados, é todo cercado e conta ainda com a base da patrulha ambiental. Os moradores e visitantes respeitam muito a existência do parque e preservam a natureza do entorno. Mas, estamos dentro da APA Marapendi, que é uma das áreas  mais procuradas pela especulação imobiliária. Logo temos problemas de ordem maior, como o interesse de criar um campo de golf para as Olimpíadas de 2016 dentro da APA, sendo que esta tem o seu zoneamento e precisa ser respeitado. Problemas com o  esgoto lançado na Lagoa de Marapendi pela CEDAE (que já admitiu que a elevatória construída no final da Rua Gláucio Gil, não suporta a quantidade de efluentes e quando chove libera o mesmo in natura direto para lagoa) e por condomínios que já foram notificados da necessidade de ligarem suas redes coletoras a CEDAE (e que continuam a lançar o esgoto no canal por falta de fiscalização) também fazem parte desses problemas de ordem maior."


O que o parque oferece a comunidade?

Abílio –  “Acredito que a principal contribuição do parque seja a educação ambiental. Com o Centro de Referência Ambiental as pessoas têm acesso a uma biblioteca com diversos materiais sobre meio ambiente, auditório com capacidade para até cem pessoas com data show e ar refrigerado, laboratório de ciências, entre outros. É um espaço onde são oferecidas orientações sobre a natureza e seu principal objetivo e receber as escolas da região, para que as crianças tenham este contato. Além disso, o parque conta com trilhas que podem ser realizadas a pé ou de bicicleta (guiadas ou não), parquinho para crianças e a presença de uma fauna diversificada com jacarés, bicho preguiça, micos, pássaros, cobras e etc. Estamos pensando em incentivar o turismo dentro do parque com um passeio de balsa, com guia, dentro da lagoa de Marapendi, mas ainda não temos recursos para  isso.".


O parque possui Plano de Manejo?

Abílio – “Ainda não possui mas pretendemos fazê-lo em breve. O primeiro passo que já está sendo implementado, é a escolha do Conselho Consultivo. 


Você tem alguma crítica ou alguma sugestão com relação a participação da comunidade?

Abílio – “Acho que as pessoas deveriam se preocupar mais em fazer a sua parte, ter cidadania, porque elas reclamam, mas não fazem a sua parte. Esse é o principal problema do mau cheiro causado pelo lançamento do esgoto. E tentar se engajar mais em atitudes de melhoria como foi sugerido na última reunião do Comitê de Bacias de Jacarepaguá. Além disso, foi sugerida a criação de uma força tarefa objetivando uma maior fiscalização por parte do INEA dos condomínios ainda não ligados a rede de esgoto."



Foto: Abílio Fernandes


Qual a frase ou conceito em que você baseia o seu trabalho?

Abílio – "O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles que vêem e deixam o mal ser feito, do Albert Einstein."


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Parque Natural Municipal Bosque da Barra

Foto: Arquivo do PNM Bosque da Barra

O Bosque da Barra está localizado em uma região bastante peculiar. Diferente dos outros parques da Baixada de Jacarepaguá, ele está mais afastado da praia e mantém sua estrutura de Parque Natural em um ambiente onde há um fluxo intenso de carros e pessoas, cercado por shoppings, mercados, restaurantes e um hospital. A  responsável pela gestão desta importante unidade de conservação é a entrevistada de hoje, a gestora Eliana Zannini.


Foto: Arquivo do PNM Bosque da Barra 

"Nenhum de nós é mais importante que todos nós juntos." 
(Ray Kroc – Fundador do McDonald’s)


Qual a relação do parque com a comunidade ao seu redor?

Eliana -“O parque está situado no centro de uma região bastante conturbada e mesmo assim mantém o equilíbrio entre a vegetação, a fauna e todo o ambiente natural. É um lugar onde as pessoas vêm encontrar equilíbrio e paz. O ponto positivo de estar situado em uma região como esta é a visibilidade do trabalho realizado pelo núcleo atuante no parque, objetivando sua preservação. As pessoas não entendem muito bem o que é um parque natural, pois não estão habituadas a este tipo de conceito. Ele possui regras, limitações e certos cuidados para sua preservação. Estão acostumadas a parques urbanos e essa é a principal dificuldade que o parque enfrenta com relação a visitação. Por isso investimos bastante em orientação para os visitantes."

Como se dá a visitação ao parque? 

Eliana -“O parque chega a ter uma visitação de 3.000 pessoas durante o final de semana. Em geral são famílias que contam com sua estrutura e beleza  para realização de piqueniques e  passeios ao ar livre, onde podem ser observadas várias espécies de animais em um clima agradável proporcionado pela vegetação. Durante a semana a freqüência maior é de atletas, corredores, jogadores de futebol para realização de treinos. O parque também é muito procurado para gravações, fotos e reportagens, devido sua grande beleza cênica." 


Existe algum aspecto negativo ou que cause influência direta no parque devido a sua localização e por possuir uma grande  visitação? 

Eliana - "Um problema que existia era o abandono de animais, este só conseguiu ser controlado através de ações de educação ambiental. Quando ocorre algum episódio desse tipo, a própria pessoa é orientada a retirar o animal ou os guardas o fazem e os levam para o setor competente da Prefeitura, onde recebem cuidados. Além disso, o parque conta com o cercamento em todo seu perímetro o que diminui esse tipo de incidente.  Hoje uma coisa que faz falta é um esquema de sinalização mais adequado para que se possa oferecer maior informação às pessoas.”

Como se deu a criação do parque? 

Eliana - “Sou gestora do parque há 5 anos. O Plano-Piloto da Baixada de Jacarepaguá foi elaborado pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa no final dos anos 60. Posteriormente, o Decreto Municipal no 3.046 de 27/04/81, que disciplinou a ocupação do solo na área da ZE-5 (tendo esta Zona sido estabelecida pelo Decreto no 322, de 03/03/76), baseando-se no Plano-Piloto, determinou a área do Bosque da Barra como de preservação ambiental dos monumentos naturais tombados, visando principalmente proteger os remanescentes da vegetação de restinga, a fauna local e a paisagem natural da área. Nesse sentido, o projeto preservou quase 80% da vegetação natural da região, além de ter introduzido outras espécies não nativas. Foi nomeado parque em 1983 e Unidade de Conservação, como Parque Natural em 2003, atendendo ao SNUC de 2000.

Como é administrado atualmente? 

Eliana - "É administrado atendendo ao SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação), assumindo as funções de um parque no que diz respeito a manutenção, conservação e preservação. Algumas áreas do parque foram replantadas mas a maior parte da vegetação é natural, proveniente da vegetação de restinga.  Hoje, procuramos fornecer uma gama de informações aos visitantes a fim de manter o parque conservado. Acreditamos que a educação ambiental seja o caminho para isso.”


Existe um plano de manejo?

Eliana - "Ainda não temos um plano de manejo, mas pretendemos formar um conselho gestor participativo para esta unidade, o qual dará suporte na elaboração de um plano de manejo e administração. Acredito que até o próximo ano."

Qual a contribuição do parque para essa região?

Eliana - “A principal contribuição do parque é o equilíbrio entre vegetação e temperatura o que causa a minimização dos impactos exteriores. A existência de parques naturais é muito importante por oferecer às pessoas este contato com a natureza local, a consciência de que nós não estamos sozinhos, então todos têm a co-responsabilidade, junto com o órgão que administra a unidade, de cuidar dele como cita o artigo 225 da Constituição: "Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações." Eu penso que o parque natural traz equilíbrio, conforto ambiental, além da beleza cênica. Hoje não encontramos áreas como esta nessa região, somente obras e  mais obras.”

Qual o impacto negativo sobre o Parque das obras que vem sendo realizadas no seu entorno?

Eliana - "O parque sofre muito com os impactos dessas obras principalmente por conta dos impactos nos lençóis freáticos, pois se trata de uma região de restinga alagadiça e essas agressões ao solo contaminam e até desviam ou secam a água do lençol que é responsável pelo abastecimento das lagoas da região. Somente com este impacto consegue-se agredir a todos os demais sistemas."

Arquivo do PNM Bosque da Barra