sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A Ciência Ameaçada, por Rogério Gribel.


A Ciência Ameaçada
Rogério Gribel

O Brasil é considerado o país com a maior diversidade de espécies de plantas no mundo. As plantas sustentam as outras formas de vida na Terra, promovendo serviços ambientais para a humanidade, como regulação do clima, conservação dos solos, manutenção da fauna e melhoria na qualidade do ar e das águas. Porém, muitos dos ecossistemas brasileiros estão ameaçados. Os jardins botânicos do mundo têm como meta promover o conhecimento científico da flora, o entendimento público sobre o valor das plantas e a importância das questões ambientais, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes em um planeta em rápida transformação. Nesse esforço se insere o Jardim Botânico do Rio de Janeiro – instituição bicentenária de reconhecimento internacional. 

Considerando o cenário de mudanças climáticas e pressão crescente sobre os biomas do país, os desafios no futuro próximo serão imensos. 

Para o cumprimento de sua missão, o Jardim Botânico necessita cultivar, conservar, pesquisar e apresentar ao público exemplares das espécies da flora nacional, especialmente aquelas ameaçadas de extinção, além de outras milhares de espécies raras, de importância etnobotânica, ornamental, medicinal, etc. No entanto, enquanto o número de espécies ameaçadas aumenta devido à rápida ocupação do território nacional, as áreas disponíveis no Jardim para seu cultivo, pesquisa e conservação vêm se restringindo em função de ocupações irregulares em sua área tombada. 

As áreas do antigo Horto, e que estão dentro do perímetro tombado da instituição, eram recobertas, desde o início do século XX, por experimentos científicos com espécies arbóreas. Isto é comprovado de forma inquestionável, inclusive por meio de foto aérea, no livro “Contribuição à dendrometria das essências florestais”, de Guilherme de Almeida, publicado em 1949, que descreve e mapeia os talhões florestais implantados na época. Esses experimentos pioneiros foram paulatinamente suprimidos, principalmente a partir da década de 60, para construção de moradias e pontos de comércio, além da instalação de um prédio do Serpro e de uma subestação da Light. 

Como resultado, o Jardim encontra-se atualmente engessado quanto às possibilidades de expansão de suas coleções científicas vivas e das áreas para visitação pública, que já chega a mais de 700 mil visitantes por ano. Os pesquisadores não mais trazem, de suas inúmeras expedições, sementes e mudas de árvores para plantio, pois não há onde cultivá-las. 

A reintegração ao Jardim das áreas tombadas do Horto e a restauração da sua integridade territorial e paisagística são essenciais para que a instituição possa cumprir suas importantes missões nas áreas científica, conservacionista e educativa. Isso permitirá às gerações futuras conhecer e valorizar ao menos uma parcela da magnífica biodiversidade de que a natureza nos proveu nesta parte do planeta chamada Brasil.

Artigo reproduzido do Jornal O Globo, edição de quarta-feira, 26 de setembro de 2012.Rogério Gribel é pesquisador em Genética e Ecologia Vegetal e Diretor de Pesquisas Científicas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Evento Carbono Zero - Fotos


Estudantes de escolas públicas, universitários, Pro-Jovem, Melhor Idade e moradores participaram das atividades do evento Carbono Zero na APA Gericinó-Mendanha, em 21/09.














quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Parceria entre SMAC e JBRJ define projeto de manejo para as APAs da Babilônia e S.João, Leme e Urubu.






Pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro realizaram uma visita aos Morros da Babilônia e Urubu para conhecer a área e o trabalho de reflorestamento desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

A idéia é realizar trabalhos de manejo de invasoras exóticas - principalmente bambu-caniço - identificação de plantas notáveis ao longo da trilha e enriquecimento dos plantios executados.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Novo Núcleo de Educação Ambiental é inaugurado nesta sexta, dia 21/09


Evento Carbono Zero na APA Gericinó-Mendanha



Dia da Árvore na APA Estadual de  Gericinó-Mendanha 


Será no dia 21 de Setembro de 2012, no Sitio Tapinhoã na Serrinha do Mendanha, em Campo Grande, RJ.


Segue a programação:

8:45h – Ponto do encontro na Praça da Paróquia de N.S. da Paz. 

(Final da Estrada do Mendanha com Estrada do Pedregoso e Marapicu).
9:00h – Saída para o Sitio Tapinhoã.
9:30h – Abertura do evento.
(Palestras, Expo Fotográfica, Trabalhos e Confecção de Banner pedindo Paz).
 
10:00h – Plantio de Mudas de Árvores Nativas.
(Alunos de Escolas Municipais).
10:30h – Colocação de Placas de Sinalização Ecológica.
(APA Estadual de Gericinó Mendanha).
11:00h  – Inicio da Neutralização de Carbono.
(Plantios de Mudas de Árvores Nativas – Área 1: Autoridades).
12:00h  – intervalo para refeição
13:00 – Continuação da Neutralização de Carbono.
(Plantios de Mudas de Árvores Nativas – Área 2: Convidados.)
14:00h – Caminhada de Interpretação Ambiental.
15:00h Encerramento. 

Realização:
                                                                                                     
Conselho Gestor da APA Gericinó-Mendanha
ONG Defensores do Planeta
INEA













Debate Público no IAB! Vejam o Encontro!!!

O representante do IAB, Pedro Luz, dando início ao Encontro.

Da esquerda para direita: Cecília Herzog (Inverde), Sônia Peixoto (SMAC) , Gisele Santana (moderadora Inverde), Celso Junius (Mosaico Carioca),  Pierre-Andre Martin (Inverde).

Palestra:  - Cecília Herzog -  Inverde.

Visão geral do Debate, auditório do IAB.

Palestra:  -  Pierre-Andre Martin -  Inverde. 

Palestra: Celso Junius - Mosaico Carioca.


Fotos cedidas por Alex Herzog.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

UFRJ comemora a Semana da Árvore com oficinas e palestras abertas

Programação:

Terça-feira – 18 setembro de 2012

 9h – Abertura oficial do evento – Prefeito Ivan Carmo.
 9h30 – Técnicas e estratégias de recuperação de manguezais e sua importância – palestrante: biólogo Marco Aurélio Passos Louzada, Professor e Diretor de Apoio Técnico ao Ensino do IFRJ/Campus Nilópolis.
10h30 – Importância da Reserva Biológica da Mata Atlântica em Áreas Urbanas – palestrante: engenheiro Ernani Benjamin Diaz, ex-prefeito da Cidade Universitária.
14h – Projetos e Propostas para Organização do Espaço Urbano e Gestão do
Ambiente – palestrante: Prefeito Ivan Carmo.

Sexta-feira – 21 setembro

 9h – Palestra: Sistemas Agroflorestais,  no auditório do Horto da Prefeitura Universitária.
10 hs – Visitação e plantio de mudas no Parque de Mata Atlântica da Ilha do Catalão.

 De segunda-feira a quinta-feira - 17 a 20  de setembro
9h às 15h – Oficinas sobre plantas medicinais e aromáticas, horta doméstica e resíduos orgânicos.
9h às 15h – Exibição dos Painéis expositivos:
a) Apresentação da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) -
responsável: Janete Moreno. Canal do Cunha : Revitalização do Manguezal; imagens de antes e depois das intervenções,  com explicações das estratégias de recuperação utilizadas – responsável:  biólogo Mário Moscatelli;
b) Aves que Visitam a Cidade Universitária – responsável: Alfredo Heleno;
c) Os caranguejos e peixes que habitam os manguezais ao redor da
Cidade Universitária – responsável: Roberto Vianna, da Associação dos
Pescadores da Ilha do Fundão (Apalif).

Serão oferecidas oficinas sobre uso de plantas medicinais e aromáticas, cultivo de horta
doméstica e aproveitamento de resíduos orgânicos, promovidas pela
Prefeitura Universitária, entre os dias 17 e 21 de setembro, no Horto Universitário.
Durante o evento, o prefeito Ivan Carmo vai lançar a semente de um  projeto para integrar o campus às modificações pelas quais passarão a  Cidade Universitária e o Rio de Janeiro nos próximos anos.  As propostas envolvem a organização do espaço urbano. Segundo o prefeito, o plano engloba segurança, meio ambiente e saúde em conformidade com a capacidade financeira e administrativa da Prefeitura Universitária.

Os participantes da 2ª Semana da Árvore poderão ainda assistir palestras  sobre a importância da recuperação dos manguezais e da reserva biológica de Mata Atlântica em áreas urbanas. Estarão em exibição no Horto painéis  com o trabalho do biólogo Mário Moscatelli sobre a revitalização do
manguezal entre o campus e o continente, o Canal do Cunha e ainda imagens com a fauna que vive na Cidade Universitária, feitas pelo engenheiro Alfredo Heleno e por Roberto Vianna, da Associação dos Pescadores da Ilha do Fundão (Apalif). No dia 21 de setembro está programada uma visita guiada ao Parque da Ilha do Catalão para o plantio de novas espécies no local.

 O evento é gratuíto e serão enviados certificados de participação para quem se inscrever no local.
 telefone de contato:  Prefeitura Universitária : 25989323 (Horto).