sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

II Oficina de Trabalho discute o futuro dos Corredores Verdes no Rio de Janeiro

O MOSAICO CARIOCA DE ÁREAS PROTEGIDAS em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro realizou na quarta-feira, dia 09/12, a II Oficina de Trabalho Corredor Verde. O evento contou com a participação de autoridades e técnicos da SMAC, INEA e ICMBio que se reuniram para discutir os novos rumos do Projeto Corredor Verde na Cidade do Rio de Janeiro.




Este projeto é uma iniciativa do Mosaico Carioca de Áreas Protegidas e teve início em 2012, a partir da formação de Grupos de Trabalho que discutiram os primeiros passos do Projeto Piloto, que contemplaria a ligação dos Parques Chico Mendes, Marapendi e Prainha.

Três anos depois, a II Oficina de Trabalho reinicia suas discussões sobre as novas fronteiras do Corredor Verde a partir do sucesso de implantação do Projeto Piloto, que atualmente conta com sinalização, arborização, recuperação de áreas degradadas e o cercamento para proteção da fauna. O projeto foi bem sucedido e teve uma expansão natural de suas ações em direção à Barra Bonita e à Alameda Sandra Alvim, que não estavam previstos no traçado original. Além disso, o apoio fundamental da sociedade civil organizada na conquista da promessa de despoluição do Canal das Taxas pelo Governo do Estado acelerará ainda mais a recuperação da área conhecida como Corredor Verde Olímpico, que é palco das olimpíadas de 2016. E mais, o Governo do Estado e a Prefeitura do Rio de Janeiro assumiram o compromisso de realizar o planejamento e diagnóstico da Área do Corredor Verde Olímpico que se estende pela Lagoa da Tijuca, passando pelo Parque Fazenda da Restinga, com importantes remanescentes de manguezal e restinga, até o PNM Bosque da Barra, compreendendo a APA de Marapendi e o PNM Mello Barreto.


O evento foi conduzido pela Coordenadora do Projeto Corredor Verde, Silma de Santa Maria, que convidou à mesa as autoridades presentes. O Sub-Secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Altamirando Moraes, o Diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do INEA, Fernando Mathias, o Secretário Executivo do Mosaico Carioca, Marco Antonelli, o Conselheiro do Mosaico Carioca e representante da SECONSERVA/COMLURB, Celso Junius, e a representante do Gabiente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Cláudia Barros. A fala da mesa foi uníssona quanto a importância do projeto e o compromisso em seguir apoiando esta iniciativa. Tanto o Sub-Secretário de Meio Ambiente quanto o representante do INEA destacaram a necessidade de repensarmos o tipo de cidade que estamos deixando para as futuras gerações e a urgência de políticas públicas que favoreçam a preservação e conservação das áreas verdes.


O evento contou, ainda, com a presença de especialistas como a professora e pesquisadora da PUC-Rio/Instituto INVERDE, Cecília Herzog, que discorreu sobre Cidades Resilientes e Ecossistemas Urbanos, o Gerente de Monitoramento Ambiental, Brasiliano Vito Fico, que trouxe um panorama do estado de conservação das áreas verdes na cidade do Rio de Janeiro e apresentou o Programa de Monitoramento SIG Florestal, além da empresa EMBYÁ Paisagismo e Ecossistemas, que apresentou seu ponto de vista técnico sobre como reorganizar espaços urbanos para as demandas dos Corredores Verdes.

A programação contou ainda com os depoimentos do Celso Junius e Silma de Santa Maria, que relataram o histórico de conservação das áreas verdes do Mosaico Carioca e a implantação dos Corredores Verdes, apresentando o diagnóstico e resultados do Projeto Piloto para o público presente e indicando os novos rumos que já estão sendo perseguidos para que o Corredor Verde Olímpico se estenda até o Bosque da Barra.

Durante a tarde, os participantes da II Oficina de Trabalho foram convidados a se reunirem em dois grupos (Estratégias de Comunicação e Projetos, Captação de Recursos e Estrutura Institucional) para traçar as novas propostas e diretrizes de trabalho do Projeto Corredor Verde. O resultado do encontro ainda está sendo consolidado em um relatório técnico, mas já aponta para a relevância cada vez maior dos Corredores Verdes para a Cidade do Rio de Janeiro.