
O blog do Mosaico Carioca é um canal aberto de comunicação entre a Sociedade Civil, as Unidades de Conservação e as Áreas Protegidas situadas na zona metropolitana da cidade do Rio de Janeiro. O Mosaico Carioca de Áreas Protegidas faz parte de um programa incentivado pelo MMA com base jurídica através do sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC); e tem como objetivo a integração de ações entre as Áreas Protegidas envolvidas.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Associação de Amigos do Mosaico Carioca
O Mosaico Carioca de Áreas Protegidas conta com a parceria da ong Associação de Amigos do Mosaico Carioca (AAMC) para apoio e desenvolvimento de atividades de conservação das UCs integrantes do projeto, otimizando a interação entre elas e a sociedade.
A promoção de caminhadas, cursos e mutirões está na agenda da AAMC que sempre divulga eventos e notícias relacionados à conservação do meio ambiente na capital fluminense.
Conheça a Página da AAMC no Facebook e apoie a Associação!
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quinta-feira, 22 de maio de 2014
Presidente do IBASE destaca a importância dos mosaicos
Há um ano o Ibase está engajado num projeto que tem como preocupação central o fortalecimento de Mosaicos da Mata Atlântica.
Trata-se de uma ação em parceria com Conselhos de Gestão, SEAM/SEA, INEA, FUNBIO, para fortalecer os Mosaicos da Mantiqueira, Carioca, Bocaina, Central Fluminense e Mico Leão Dourado, criados pelo Ministério do Meio Ambiente. Mas, para além das questões operacionais envolvidas, é importante que vejamos a novidade e o potencial que carregam os “mosaicos” na reconstrução e recomposição da nossa relação como seres humanos com a biosfera. A própria ideia dos “mosaicos” precisa ser abraçada pela sociedade, por toda cidadania ativa, pelo que traz de questionamento sobre os modos como nos organizamos, produzimos, e a necessidade de mudança de rumo, isto se nos preocuparmos com a justiça socioambiental e com a sustentabilidade da vida, de todas as formas de vida e do próprio planeta.
Ao reconhecer que áreas próximas de um mesmo bioma (de algum modo protegidas, mesmo se descontínuas, mas compartindo bacias hidrográficas e apresentando semelhanças e interdependências quanto aos ciclos da natureza e da vida), a criação dos “mosaicos” põe em destaque algo essencial nos territórios onde vivemos: o que são e como podem ser conformados os nossos bens comuns naturais, indispensáveis à continuidade da vida. Ser mosaico não é algo intrínseco. Somos nós, em última instância, que criamos o mosaico no esforço de preservar parte de um bem comum que ainda resiste e que pode ser regenerado. Aliás, o próprio caráter de comum não é intrínseco, e nem é um a piori. Ser comum é um resultado, uma consciência e uma prática comum. Os bens comuns não são comuns, mas se tornam comuns socialmente. Os bens comuns são aqueles que as relações sociais identificam e gerem como comuns. A necessidade sentida, almejada e enfrentada coletivamente leva a criar e desenvolver bens comuns. A desenfreada busca de acumulação capitalista privada promove a privatização e a mercantilização de tudo, cerceando e destruindo os bens comuns. O Ibase se engaja junto na viabilização dos “mosaicos” tendo esta motivação.
A Mata Atlântica foi quase extinta, começando pela empreitada da conquista colonial até o desenvolvimento predatório dos dias de hoje. A criação dos Mosaicos da Mata Atlântica só pode ser entendida no bojo de iniciativas que brotaram recentemente no seio da sociedade civil em defesa da Mata Atlântica. Mas a viabilidade dos “mosaicos” traz um grande desafio: precisam ser abraçados e defendidos socialmente como comuns, por todas e todos. Aí sim estaremos dando um passo decisivo na inversão de um lógica secular predatória e destrutiva. Afinal, resgatar e regenerar os “mosaicos” como nossos bens comuns naturais é mais do que resistir ao capital, é criar condições de outro modo de vida.
Na verdade, é impossível pensar os “mosaicos” e lutar por eles se não forem vistos e integrados como bem comum do território de que são parte. De uma perspectiva socioambiental, os territórios precisam ser vistos, eles mesmos, como bem comum, como espaços de vida humana que, como nos lembrou o nosso grande Milton Santos, combinam condições objetivas (suas características naturais únicas e o que nelas já foi fixado pela ocupação humana passada) com a ação humana do presente. Não são espaços físicos em si, mas espaços geográficos dinâmicos, com história humana passada e história humana em construção pela ação atual. O uso humano do território, predatório ou sustentável, qualifica a sua organização e lhe dá sentido histórico. Estamos diante do modo de ocupar e usar o espaço natural, de organizá-lo enquanto território humano, de vida em movimento. Portanto, a viabilidade dos “mosaicos” passa por nós, que estamos nos territórios e deles dependemos, assumirmos e lutarmos pelos “mosaicos” como bem comum. Mas para isto, ao mesmo tempo, precisamos resgatar o conjunto do território, dando-lhe um sentido de bem comum construído, e também precisamos romper com a lógica dominante ameaçadora de acaparamento, mercantilização, privatização e concentração de tudo, sem limites em sua capacidade destrutiva.
Repito aqui o que venho afirmando, como dirigente do Ibase, e sobretudo como militante de uma nascente cidadania planetária. A relação com a natureza, como condição do próprio viver, é de dependência e troca. As formas desta relação são diversas, tanto porque a biosfera e as condições naturais variam de um lugar a outro, como porque nós mesmos, criadores de cultura, de estruturas e relações, de economias e de poderes, somos muito diversos em nossa comum humanidade de dimensões planetárias. Os territórios, nas cidades ou no meio rural, exprimem esta diversidade resultante da simbiose, que se renova historicamente, de seres humanos com a natureza, a Mãe Terra, na radical expressão indígena. Voltar a nos ver como parte dos territórios, como nosso locus de existência, com suas possibilidades e limites, seus conflitos e sua história, pode ser o caminho de refazer e reconstruir a relação sociedade-natureza no respeito mútuo, de trocas vitais que reproduzem e regeneram, sem destruir. Trata-se de fazer um percurso mental e prático de relocalização, reterritorialização e redescoberta dos laços que nos unem ao bem comum natural em que nos inserimos e, com base nele, dos laços de convívio social e cultural, num planeta humanizado de interdependências, de responsabilidades e direitos compartidos, do local ao mundial, com justiça socioambiental, sustentabilidade e cidadania de todas e todos, de bem com a vida*.
Olhando atentamente para as lutas socioambientais nos territórios, a gente vê emergirem os pilares que precisam ser fortalecidos democraticamente em vistas da sustentabilidade da vida e do planeta. A luta democrática pelo resgate de bens comuns naturais, aqui identificados como “mosaicos”, é portadora de desafios, imaginários e direções para a necessária transição a paradigmas civilizatórios bioéticos, que, enquanto humanidade, precisamos fazer desde aqui e desde já. É nesta perspectiva maior que vejo o Ibase engajado com o projeto dos Mosaicos da Mata Atlântica.
Por Cândido Grzybowski
Sociólogo, diretor do Ibase
Retirado do site: http://www.ibase.br/pt/2014/05/mosaicos-e-territorios/
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Eleição Colegiado Coordenador do Mosaico Carioca
No dia 15 de maio de 2014 o Mosaico Carioca de
Áreas Protegidas esteve reunido com seu corpo de conselheiros consultivos no
IBASE, situado no Clube de Engenharia, para eleger seu Colegiado Coordenador.
Após meses de muito trabalho e dedicação da equipe do IBASE, o Mosaico Carioca
já conta com seu Regimento Interno aprovado, um Plano de Trabalho relativo a
Emenda Parlamentar, consignada pelo Deputado Alessandro Molon, e um Plano de
Ação, a ser discutido nas próximas reuniões, para execução de trabalhos pelo Colegiado
Coordenador até 2017.
Os Conselheiros que passam a
compor o Colegiado Coordenador são:
Marcelo Andrade (Mona Pão de
Açúcar)
Carlos Dário (Parque Estadual do
Mendanha)
Daniel Tófoli (Parque Nacional da
Tijuca)
Washington Adan - Gaúcho (Rede Carioca de
Agricultura Urbana)
Ingrid Pena (Associação de Amigos
do Mosaico Carioca)
Cristina Borges (Eco-marapendi)
Deixamos registrado nosso agradecimento aos
Conselheir@s e ao IBASE por toda dedicação e tempo empreendidos para estas
conquistas.
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segunda-feira, 19 de maio de 2014
Zimbábue, uma viagem para a Conservação.
A
viagem da delegação brasileira à África continua e dessa vez o desembarque foi
na sede do Zimbawe National Parks and Wildlife Management Authority (ZNPWMA).
Este órgão se destaca dentre as entidades de gestão de áreas protegidas por
priorizar as atividades de campo. Assim, apresentam uma perspectiva
interessante de suas políticas de recrutamento e treinamento, geração de
recursos para o turismo e estratégias de investigação de crimes ambientais e
operações anti-caça.
Atividades de
Campo desenvolvida pela equipe no Zimbábue com a delegação brasileira.
Além disso, o ZNPWMA possui arranjos de cooperação para o manejo de um
mosaico internacional de áreas protegidas. Os parques nacionais de Gonarezhou, no
Zimbábue, Kruger, na África do Sul, e Limpopo, em Moçambique, formam juntos o
Parque Transfronteiriço do Limpopo. Esta experiência de cooperação foi alvo de
grande interesse da delegação brasileira, que também se dedica a implementar
uma gestão integrada semelhante para as 28 áreas protegidas que compõem o
Mosaico Carioca.
Outro modelo de gestão observado no Zimbábue foi durante a visita ao Malilangwe
Conservancy. Sua missão conjuga conservação ambiental com o compromisso de ser um
agente indutor da qualidade de vida das populações do entorno. Esta unidade de
conservação emprega trezentos moradores das comunidades e parte substantiva do
seu orçamento, que é proveniente de ecoturismo e doações, é investida em
educação ambiental ou em cursos profissionalizantes. A visita a Malilangwe
impressionou, sobretudo, pela capacidade da unidade de conservação (assim como
Gonarezhou) de conjugar visitação com conservação, equação muitas vezes difícil
de ser aplicada no Brasil, cujos parques e reservas ainda têm políticas e estruturas
de ecoturismo muito aquém de seu potencial.
Acampamento no Zimbábue.
No cômputo geral, o intercâmbio com o Zimbábue foi especialmente
interessante para a troca de conhecimentos nas experiências de reintrodução de
espécies localmente extintas, combate a queimadas e pela oferta do governo do
Zimbábue de treinar um grupo de brasileiros nas atividades de fiscalização
contra a caça.
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segunda-feira, 12 de maio de 2014
Implantação da Trilha Transcarioca
Os Mutirões para a implantação da Trilha Transcarioca já são um sucesso. O primeiro ocorreu no dia 22 de fevereiro de 2014 e contou com a participação de voluntários sinalizando o trecho inicial da trilha, Barra de Guaratiba x Pedra do Telégrafo. O evento foi coordenado pela Associação de Amigos do Mosaico Carioca, o Mosaico Carioca de Áreas Protegidas e a SMAC. Contamos também com o apoio do INEA (Parque Estadual da Pedra Branca - PEPB).
Dando continuidade a esta implantação foi realizado o 2° Mutirão de Sinalização, no dia 05 de abril de 2014, no trecho Pedra do Telégrafo x Praia do Perigoso. Mais uma vez contamos com a ajuda de voluntários que realizaram atividades de manejo de trilha, sinalização, carregamento de materiais e monitoramento. Guardas e funcionários do PEPB também foram fundamentais para o sucesso deste mutirão.
Nós, do Mosaico Carioca de Áreas Protegidas, estendemos nossos agradecimentos a todos os Voluntários, ao Gestor do Parque Natural Municipal de Grumari, Alexandre Chagas, à SMAC, ao INEA, PEPB e Associação de Amigos do Mosaico Carioca.
É um trabalho gradual que pouco a pouco vai ganhando forma e concretizando nossa querida Trilha Transcarioca, esperamos que muitos visitantes possam passar por ela e desfrutar de suas belezas e encantos.
Seguem algumas fotos e se você ficou interessado em participar como voluntário entre em contato com a gente pelos e-mails: voluntariadomosaicocarioca@gmail.com ou mosaico.carioca@gmail.com
quinta-feira, 8 de maio de 2014
África do Sul, uma viagem para a Conservação.
A viagem da delegação brasileira à África do Sul com o
objetivo de conhecer as políticas de segurança e manutenção de Parques
Nacionais, com especial ênfase para as trilhas de longo percurso, foi mais um
passo dentro da longa trajetória de cooperação entre os dois países que já dura
quinze anos.
Na última década, várias delegações realizaram
atividades de treinamento, congressos e seminários voltados à questão das
unidades de conservação nos meios urbanos. As cidades do Cabo, na África do
Sul, e do Rio de Janeiro foram alvos dessa parceria devido a sua similaridade.
Ambas compartilham características geográficas e abrigam grandes áreas verdes
em seu território, respectivamente, o Parque Nacional da Montanha da Mesa e o
Parque Nacional da Tijuca.
Teleférico da
Montanha da Mesa e Cidade do Cabo ao fundo.
A experiência da delegação brasileira neste país foi
muito oportuna para a implantação da Trilha Transcarioca, pois a Hoerikwaggo,
também de longo percurso, já se encontra em funcionamento e recebendo cada vez
mais turistas desde o fim da Copa do Mundo de 2010, que teve lugar na África do
Sul. O que mostra um legado valioso que o Rio de Janeiro pode desfrutar depois
dos grandes eventos que sediará.
A Hoerikwaggo possui pouco mais de 87 Km e ao longo de
seu percurso conta com cinco abrigos cuidadosamente planejados para combinar perfeitamente com o ambiente natural. Estes abrigos são paradas de descanso
para os turistas que decidem fazer a trilha e contam com camas, banheiros e
lugares para alimentação. Os abrigos foram estruturados com recursos públicos e
são operados diretamente pelo pessoal do Parque.
O
abrigo Smitswinkel, um dos quatro Tended Camps da Trilha Hoerikwaggo.
O acesso ao parque é controlado e o número de
visitantes registrado nas três únicas entradas. O parque possui um protocolo de
segurança diferenciado para cada tipo de trilha, que é responsabilidade
exclusiva dos guarda-parques. São cerca de sessenta homens que percorrem
diariamente todas as trilhas e estão preparados para combater ações
terroristas, traficantes, ladrões e a supressão de fauna e flora.
Trilhas
pavimentadas facilitando a locomoção dos visitantes. O equilíbrio entre
permitir a acessibilidade e reduzir nosso impacto no ambiente é tênue e deve
ser feito com extremo cuidado.
As trilhas são, em sua maioria, pavimentadas, em
função do uso massivo pelos visitantes, e a atividade do mountain bike é permitida em algumas delas. A cobrança de ingressos
se restringe a alguns pontos com maior atratividade turística, como a colônia
de pingüins-africanos que se instalou em 1982 em Bolders Beach, uma praia
abrigada composta por pequenas enseadas entre rochedos de granito.
Colônia de Pinguins.
Durante a trilha existem diversos mirantes para a
cidade do Cabo e às praias e montanhas do parque. No caminho observamos a
simplicidade da sinalização, a rusticidade no uso de materiais e o manejo que
viabiliza seu uso para pessoas com alguma restrição física. Foi possível
observar o padrão e a intensidade da sinalização, que assim como a Transcarioca
também utiliza totens com o logotipo da trilha. Os totens são utilizados apenas
em bifurcações ou quando não há bifurcações em trechos muito longos. Áreas de pic-nic e um plano inclinado no Cabo da
Boa Esperança que permite a visita ao seu antigo farol também foram visitados.
Exemplo de Totem da Trilha na
África do Sul. Sinalizações semelhantes já estão sendo implantadas na nossa
Transcarioca.
Por fim, todas as atividades relativas ao
planejamento, organização e implementação relacionadas ao aumento da visitação
e à segurança das unidades de conservação que compõe o Parque foram discutidas
em conjunto com a Prefeitura da Cidade do Cabo e demais instituições envolvidas,
gerando planos de evacuação, gestão de desastres, coordenação de tráfego,
comunicação e mídia, e áreas de responsabilidade mútua, o que permitiu que o
Parque Nacional da Montanha da Mesa e a Trilha Hoerikwaggo se tornassem
referências mundiais na gestão de unidades de conservação.
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segunda-feira, 5 de maio de 2014
Cooperação Brasil e África, uma viagem para a Conservação.
Do dia 03 ao dia 16 de novembro de 2013 o Mosaico
Carioca de Áreas Protegidas em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica e
atendendo ao convite da Embaixada do Brasil no Zimbábue, estreitou ainda mais
os laços do nosso país com três nações africanas que são destaques quando o
assunto é a conservação da vida selvagem através de parques: a África do Sul, o
Quênia e o Zimbábue.
A equipe de técnicos brasileiros viajou motivada pelos
relatos inspiradores do nosso colega e diplomata Pedro Menezes, um dos
idealizadores e entusiastas da implementação da primeira trilha de longo
percurso do Brasil, a Trilha Transcarioca com seus mais de 170 Km, hoje em processo de implantação.
A Delegação brasileira, composta pelo Coronel PMERJ José
Maurício Padrone (6), Coordenador de Combate aos Crimes Ambientais da
Secretaria de Estado do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro; pelo Coronel
PMERJ Eduardo Frederico Cabral de Oliveira (11), Comandante do Comando
de Polícia Ambiental da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro; pelo
Tenente-Coronel PMDF Claudio Ribas de Sousa (3), Comandante do Batalhão
de Polícia Militar Ambiental da Polícia Militar do Distrito Federal; pela
Capitão PMDF Isabela Cristina de Souza Almeida (1), Chefe da Subseção de
Doutrina a Instrução Especializada da Polícia Militar do Distrito Federal; pela
Primeira-Tenente PMDF Regiane Borges de Morais (9), Chefe da Assessoria
de Análise Técnico Jurídica da Polícia Militar do Distrito Federal; por Ernesto
Viveiros de Castro (12), Chefe do Parque Nacional da Floresta da Tijuca,
ICMBio – MMA; por Patrícia Fonseca Figueiredo de Castro (7), Gerente de
Unidades de Conservação de Proteção Integral do Instituto Estadual do Ambiente
– INEA\RJ; por Alexandre Marau Pedroso (10), Chefe do Parque Estadual da
Pedra Branca, Instituto Estadual do Ambiente – INEA\RJ; por Celso Junius
Ferreira Santos (2) e Claudia Maria Bello Cintra Magnanini (5), representantes da Secretaria Executiva do Mosaico Carioca, da Secretaria
Municipal do Meio Ambiente – SMAC, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro; por Guido Gelli (8), Diretor Executivo da Associação
dos Amigos do Parque Nacional da Tijuca, e por Pedro de Castro da Cunha e
Menezes (4), Conselheiro da Embaixada do Brasil no Zimbábue, idealizador da
Trilha Transcarioca e mentor desta viagem à África.
Orgulhosos por fazer parte da delegação brasileira
enviada a estes países, a Secretaria Executiva do Mosaico Carioca esteve representada por Celso Junius Ferreira Santos e Claudia Cintra Magnanini. Outras insituições componentes do Mosaico Carioca também marcaram presença, como o Instituto Estadual do Ambiente (INEA/RJ), o
Instituto Chico Mendes (ICMBio) e o Parque Nacional da Tijuca (PNT). Além destes, representantes da Polícia Militar e Ambiental do Rio de Janeiro e do Distrito Federal também compuseram
a delegação de doze pessoas que por duas semanas puderam conhecer algumas das mais importantes instituições de
proteção da vida selvagem.
A missão da delegação nestes países teve como objetivo
conhecer as políticas de segurança e manutenção de Parques Nacionais, com especial
ênfase para as trilhas de longo percurso, além da realização de estudos e
treinamentos com foco na prevenção e repressão de crimes ambientais.
Tanto o Quênia, quanto o Zimbábue e a África do Sul, possuem
em seus parques nacionais a maior e mais variada diversidade de espécies de
mamíferos em todo o mundo. Esse fato, associado à caça ilegal desses animais, seja
para a subsistência ou para o comércio ilegal de marfim e chifres de
rinoceronte, levaram esses países a montarem estruturas sólidas e bem
organizadas de proteção ao meio ambiente. São países que contam com alguns dos
mais significativos contingentes de guarda-parques do mundo, referência internacional em operações de segurança, combate aos crimes ambientais e fiscalização
dos parques e trilhas com medidas de inteligência, prevenção e repressão.
Todo este conhecimento acumulado pelas instituições
africanas, como o Kenya Wildlife Service e o Wildlife
Management Authority, é extremamente valioso para o Brasil. Estas
são referências mundiais em operações anti-caça e gestão em unidades de conservação
e têm muito a oferecer ao nosso país, tendo em vista que nós também somos um
dos grandes hotspots de biodiversidade do mundo, e não apenas por causa
da Amazônia. O bioma Mata Atlântica, do qual fazem parte todas as unidades de conservação do Mosaico
Carioca, abriga uma diversidade que é comparável a encontrada no próprio bioma
Amazônico, demonstrando ainda mais a importância dos esforços empreendidos pelo
Mosaico Carioca em conservar as áreas protegidas e implementar os corredores verdes
entre estas.
Apresentação das experiências da
Delegação Brasileira.
Traduzir a importância e a quantidade de informações
adquiridas que vão desde as políticas e estratégias de segurança, até os
simples, porém importantes, detalhes técnicos construtivos observados nas
trilhas percorridas, é muito importante para o fortalecimento das ações do
Mosaico Carioca e para a implementação da
Trilha Transcarioca. Certamente existirão muitos “frutos para colher” da
experiência ímpar que foi participar dessa viagem técnica.
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