segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Mosaico Carioca vistoria o Morro do Telégrafo



O Mosaico Carioca de Áreas Protegidas realizou no dia 6 de junho de 2015 uma visita técnica com a presença dos gestores do Parque Estadual da Pedra Branca e do Parque Natural Municipal de Grumari. Participaram também como convidados a Coordenação de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente - CEA-SMAC e a Secretaria Municipal de Conservação – SECONSERVA, com o objetivo de atender a problemática surgida no PNM de Grumari desde que a Pedra do Telégrafo e a Pedra da Lua despontaram como novos atrativos turísticos da cidade.

A recente descoberta trouxe problemas graves para os gestores do PNM Grumari e do PE da Pedra Branca, que relataram a crescente preocupação com a deterioração da trilha e o impacto gerado nessas unidades de conservação. De acordo com os gestores, a quantidade de lixo encontrada após um final de semana de visitas é enorme e dificulta o trabalho das equipes da COMLURB.

A equipe do Mosaico Carioca também conversou com os moradores e pôde perceber que os problemas não se resumem apenas ao lixo deixado nas trilhas e nas filas formadas no alto da pedra. Serviços de moto táxi têm levado os usuários o mais próximo possível do topo, o que, segundo os gestores, contribui para a erosão da trilha e a formação de voçorocas. A presença de motos e bicicletas também constitui risco potencial de acidentes para a fauna do parque e visitantes que sobem a pé. É importante destacar, ainda, que o uso de motos e bicicletas nas trilhas destes parques é proibido, e não estão previstos em seus respectivos planos de manejo.




Outro problema oriundo do grande fluxo de pessoas e súbito interesse por estas áreas é a proliferação de falsos guias de turismo. De maneira inescrupulosa, estes “guias” depredam a sinalização realizada pelo Mosaico Carioca visando dificultar o acesso gratuito de visitantes menos experientes ao parque, obrigando-os assim,  a contratação do serviço.

Esta sinalização, simples e rústica, realizada através de mutirões periódicos abertos à participação pública, tem apoio da SMAC, INEA e ICMBio e parceria com mais de 20 instituições, dentre elas o Sindicato de Guias de Turismo do Rio de Janeiro (SINDGTUR) e o Centro Excursionista Brasileiro (CEB).






Este retrato dramático se repete a cada final de semana, mas ganha impulso nos feriados e finais de semana de verão, como relatado em reportagem do Portal G1 (http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/05/g1-explica-truque-em-fotos-tiradas-de-abismo-no-rio-assista-ao-video.html), no alto da pedra são formadas filas de mais de duas horas de espera para tirar uma foto, atraindo o serviço de ambulantes e deixando o início da trilha, na Praia Grande, repleta de carros em um local que não possui estrutura para estacionamento, o que também incomoda os moradores da região conforme relatos no local.


Os setores governamentais envolvidos estão elaborando propostas visando a implantação de estratégias de ordenamento do espaço e sensibilização dos visitantes e moradores, com vistas a diminuir o impacto no local.



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